Saiba como entrou em falência o novo modelo econômico brasileiro

"A falência do novo modelo econômico" é o título da consistente reportagem que a revista Veja desta semana publica, assinada por Giuliano Gundalini e Marcelo Sakate, abordando com propriedade um assunto que o governo e até importantes empresários evitam discutir. A revista, aliás, publica também uma inquietante e esclarecedora entrevista nas páginas amarelas, na qual o banqueiro André Esteves, diretor do BTG Pactual, avisa sem meias palavras:
- Pode não parecer, mas o sentimento difuso que levou as pessoas ás ruas para pedir maisa educação e saúde, um mlhor transporte público e menos corrupção, nada mais é do que o clamor por um estado mais eficiente.
CLIQUE AQUI para ler a entrevista completa de André Esteves.
. A reportagem transforma as palavras de André Esteves em números bastante precisos, como este que fala sobre a expansão do PIB:
- No triênio 2011-2012-2013, o do governo Lula, o PIB cresceu na média de 2% ao ano.
. É muito pouco e é inaceitável.

Leia a reportagem
Veja - 22/07/2013

O economista americano John Taylor, professor de Stanford, lançou no ano passado o livro First Principies (Princípios Primordiais, sem tradução no Brasil), no qual argumenta que a recuperação americana tem decepcionado porque os Estados Unidos se desviaram das políticas que, historicamente. os levaram ao posto de país mais próspero do mundo. Para Taylor, a interferência equivocada do governo no funcionamento dos mercados e o desequilíbrio nas comas públicas, entre outros fatores, minaram a confiança dos empresários e reduziram a atividade. "Minhas pesquisas em política monetária e fiscal, desde os anos 60, mostram que o desempenho econômico pode ser tremendamente aprimorado se certos princípios bem definidos forem perseguidos", diz Taylor. "Afastar-se desses princípios básicos leva a crises."
Difícil não pensar no Brasil, lendo a análise de Taylor. O país havia recobrado a estabilidade, irradiando o otimismo na população e atraindo investimentos produtivos. A base para o novo período de prosperidade era assentada em três pilares: o respeito às metas de inflação, a flutuação da taxa cambial e o controle das contas públicas. Esse tripé, apenas, não basta para trazer o desenvolvimento. Mas graças a ele a economia ganhara previsibilidade e credibilidade. Porém, a pretexto de acelerar o crescimento, o governo Dilma Rousseff decidiu se afastar desses princípios. O maior desvio de rota ocorreu nas finanças públicas. Houve, por exemplo, o uso crescente do BNDES como um orçamento paralelo. O banco estatal recebeu do Tesouro 370 bilhões de reais desde 2007. A capitalização foi feita na forma de títulos, sem o arbítrio do Congresso. Como disse o economista Rogério Wemeck, em um artigo no jornal O Estado de S. Paulo: "De um lado, a dura realidade do orçamento. De outro, a Ilha da Fantasia do BNDES, nutrida por emissões de dívida, em que parecia haver dinheiro para tudo".

. O governo viveu sob a ilusão de ter criado um "moto contínuo tropical", na expressão do gestor de recursos Luis Stuhlberger. diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo. Imaginou ser possível engendrar uma máquina de crescimento que se movesse indefinidamente, sem custos.

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5 comentários:

Surfista Prateado disse...

Taylor só repetiu o óbvio, que Von Mises já tinha tornado óbvio... Mas claro, Lulla, Dilma e seus aspones sabem mais de Economia que eles... Deu no que deu.

Anônimo disse...

Parece que a Mãe Diná, digo, oráculo de petropolis volta a atacar, digo, opinar, digo botar olho grande.

Unknown disse...

Modelo perfeito deve se ro da BARIL, comandado pelo POLICARPO, socio do criminoso CACHOEIRA, que foi durante decadas sustentado pelos generoso emprestimos concedidos pelos milicos golpistas ne?

Anônimo disse...

Os "milicos" mencionado pelo CARLOS SGARBI, foram aqueles que transformaram um nove dedos previdenciário num sindicalista posicionado na Lista da REVISTA FORBES. Conta pra nóis esta história toda, assim o amante da TRAVESTI MARLI irá escrever outro livro,agora verdadeiro, né Carlinhos?

Anônimo disse...

Falar (profetizar) sobre as problemas do passado é fácil... Falar sobre as soluções do presente é que são elas... Como ou quando os EUA vão pagar o déficit orçamentário de 1 trilhão de dólares? Mas o professor Taylor não explica que foi justamente a desregulamentação total da economia norte americana, que levou os EUA à bancarrota! A cartilha neo liberal da não intervenção do estado implantado por Reagan e Thatcher (e os Chicago boys aqui na América Latina)... Quem tiver alguma dúvida, veja o documentário sobre a ENRON, que já mostrava o que estava por vir... E o problema da recuperação americana diz respeito ao modelo falido da indústria da guerra (um parque industrial atrelado à máquina de guerra que funcionou muito bem até a década de 60... Mas depois vieram as surras e os fiascos no Vietnã, no Iraque e no Afeganistão e o modelo se exauriu!)... A cidade de Detroit faliu, a Toyota é a empresa número 1 do mundo no setor automobilístico, a China vai ultrapassar os EUA ainda nesta década, e o todo poderoso exército dos EUA vai bater em retirada do Oriente Médio... Análises como a do professor Taylor sobre a situação americana são válidas porque se convertem em um atestado de óbito para que se veja a causa mortis do paciente...

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