Sema e Fepam foram usados durante o governo Tarso Genro para apoiar campanhas eleitorais em Porto Alegre

Um pouco antes do ato de lançamento da sua carta compromisso com Porto Alegre, na secretaria do Meio Ambiente do governo Tarso Genro, o secretário Hélio Corbelini tratou de garantir boa presença ao evento. Um dos que mais comprou convites, um empresário com interesses na Fepam e na Sema, chegou a ir pessoalmente ao jantar, porque lá trataria de assuntos do seu interesse, cujo resultado poderia render-lhe "um caminhão de dinheiro". Corbelini afastou-se da Sema antes da Operação Concutare, alegando doença. Seu substituto, Carlos Fernando Niedersberg, que na época de Corbelini era presidente da Fepam, substitui-o. Dois meses depois, foi preso. 

. Os grampos apanhados pela Polícia Federal na Operação Concutare (leia mais notas abaixo, nesta página), desvendam de que modo a Sema e a Fepam foram usados política e eleitoralmente, passando tudo em brancas nuvens durante os dois anos e meio do governo Tarso Genro, que aparentemente não sabia de nada.

. Mesmo quando ficou sabendo, depois da Operação Concutare, Tarso prosseguiu mantendo o PCdoB de dono da sesmaria da Sema, sem instalar qualquer sindicância ou mudar rotinas, procedimentos e leis.

. É tudo isto que a Assembléia do RS não quer investigar, sequer para devolver a ordem à área ambiental do governo do Estado.

. As cobranças para que Manuela fosse firmemente apoiadas foram recorrentes na Sema, como revela este diálogo que está em juízo:

Secretário - Naquela questão dos convites...é... como ficou ?
Gian - Ele vai ficar com os dez.
Secretário - Tá, tá.
Gian - E eu levei também os três.

. O jantar para Manuela ocorreu no dia 18 de setembro de 2012, no bairro Chácara das Pedras. Nessa noite, a deputada lançou sua carta compromisso com Porto Alegre. O documento foi aprovado pela coordenação política da campanha eleitoral. Gian, ou Giancarlo Tusi, diretor da consultoria Biosenso, que tratava com a Sema dezenas de casos referentes a clientes seus, embora do PPS, ajudou a campanha de Manuela D´Ávila a prefeito de Porto Alegre, muito embora seu Partido, o PPS, estivesse apoiando José Fortunati, PDT. Ele foi responsável pela parte de desenvolvimento sustentável do plano de governo, além de ajudar a deputada a participar com mais eficiência dos debates. Ele atuava nos bastidores. 

4 comentários:

Justiniano disse...

A corja do talibã da vanguarda do atraso continua igual a época do Olívio. Isso está no DNA dos petralhas, maracutaias de toda ordem ocorrem no governo e são meros deslizes de acordo com o dicionário petralha de corrupção.

Agora vai paralisar as obras por falta de areia e vai ficar por isso mesmo.

Onde anda o SINDUSCON para emparedar essa laia de incompetentes e cobrar medidas, pois as denuncias da extração ilegal de areia foram feitas no início do ano e agora não sabem o que fazer. Parecem baratas tontas.

Anônimo disse...

Essa farra com o dinheiro público é em todos os lugares, nos Municípios, nos Estados e no Governo Federal.

As máfias partidárias estão ai somente para isso.

Quem entra para a política é para se adiantar na vida!!

Se alguém dizer que entrou na política para fazer algo pelo povo, está mentindo!! E mesmo que esteja bem intencionado, não se cria e é esmagado pelo sistema num piscar de olhos!!!

Enquanto a política brasileira não mudar, vai ser sempre assim.

Os tempos medievais nunca vão ter fim!!!

Surfista Prateado disse...

Mais uma manchete surpreendente destas e o editor nos mata de susto!

ALMIR OLIVEIRA disse...

POLÍBIO.
JÁ QUE É PARA CHUTAR O PAU DA BARRACA, SUGIRO QUE LEIAM, ATENTAMENTE, O QUE REINALDO AZEVEDO ESCREVEU SOBRE O TSUNAMI DE CORRUPÇÃO A CARGO DO PCdoB, PARTIDO ALIADO UMBILICAL DO PT. LEIAM: Sai o tiozinho da UNE, chega a tiazinha da UNE. Ou: O PCdoB reúne os cartolas do movimento estudantil.
Sai o tiozinho a UNE, o militante do PCdoB Daniel Iliescu, e chega a tiazinha da UNE Virgínia Barros, também militante do PCdoB. Ele deixa a presidência da entidade beirando os 29 anos (em setembro). Já há gente fazendo doutorado com essa idade. Daniel logo começa a contar os primeiros cabelos brancos, mas não terminou nem a graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pra quê? Ele já é muito sabido. Virgínia, aos 27, é estudante de Letras da USP, também da graduação. Não terá como concluir o curso em seu mandato de dois anos. Pra quê? Sua função é ser militante do PCdoB na USP, na UNE, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé.. Se bem que, ultimamente, os comunistas do PCdoB gostam mesmo é de verba pública; quem gosta da pobreza (sempre a dos outros), como disse aquele, é intelectual, é Marilena Chaui (a que odeia a classe média!) — desde que o MEC continue a adotar seus livros de filosofia.

Como Lula, Virgínia é de Garanhuns, em Pernambuco. Como Dilma, Virgínia é mulher. E ela também chama a si mesma de “presidenta”, só que da UNE. Ocorre que há uma diferença essencial entre as duas “presidentas”. Dilma, goste-se ou não, foi eleita pelo povo brasileiro. Somando-se os que votaram em Serra e os que se abstiveram, foi escolhida pela minoria do eleitorado, mas é o sistema em vigência e o mais democrático à disposição. E Virgínia?

O sistema de eleições da UNE é tão democrático quanto o das federações regionais de futebol e da CBF… Também é um jogo de cartolas. Quem domina a máquina leva. E, no caso, o PCdoB tem o controle do “movimento estudantil”. As eleições indiretas que ainda vigoram na entidade alijam a esmagadora maioria dos estudantes do processo eleitoral. Há mais ou menos 4,5 milhões fazendo cursos presenciais (1,5 milhão à distância). Quantos tomaram conhecimento da eleição da presidente da UNE? Se houvesse uma disputa livre e democrática, será que o PCdoB venceria? Ora…

O comando da entidade é escolhido por delegados eleitos nas universidades e faculdades. Como o partido domina a maioria dos diretórios centrais e dos centros acadêmicos, leva maior número de representantes e elege quem quiser. A UNE é hoje um exemplo constrangedor de peleguismo. Foi estatizada — ou, numa outra perspectiva, privatizada pelo governo federal. Desde a ascensão do petismo ao poder, já foram repassados à turma mais de R$ 50 milhões — R$ 30 milhões seriam destinados à nova sede, que ainda não saiu do papel.

Pelos próximos dois anos, o PCdoB continuará no comando de um aparelho que recebe dinheiro público com o propósito de… manter o aparelho! Nesse tempo, vai preparar a sucessão, decidindo quem comandará a entidade nos dois anos seguintes…

O cargo só não é inútil para quem o ocupa. Ex-presidentes da UNE acabam se dando bem na política. Vejam o caso do senador Lindbergh Farias (hoje no PT) ou de Orlando Silva (ex-ministro do Esporte e atual vereador em São Paulo)… Quem não disputa eleição sempre descola um cargo de Assessor de Zorra Nenhuma! Iliescu termina o seu mandato deixando para trás um escândalo ainda não apurado.

Entre 2006 e 2010, a UNE e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo, também do PCdoB, receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos para a capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. No caso da UNE, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. E detectou que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/