Tribunal de Contas tem documento de 130 páginas que abre a caixa preta das empresas de ônibus de Porto Alegre

- Prefeito após prefeito de Porto Alegre, nenhum deles atreve-se licitar as linhas de ônibus de Porto Alegre. O assunto é tabu até mesmo na mídia, que não se ocupa do assunto. Na Câmara de Vereadores, ninguém quer falar no assunto. Isto tudo poderá mudar quando vier a público o relatório de 130 páginas que o TCE já tem em seu poder, abrindo a caixa preta. O único prefeito que mexeu no abelheiro foi Olívio Dutra, que interveio nas empresas de ônibus e criou uma confusão tremenda em Porto Alegre. O petista acabou cedendo e premiou as companhias devolvidas com o chamado Plus Tarifário. E nunca mais deixaram de se entender. 

* Clipping Zero Hora, Letícia Duarte, Página 10

Polêmica por natureza, a discussão sobre o reajuste das tarifas de ônibus de Porto Alegre, prevista para o início do ano, ganhará dose extra de combustível a partir dos resultados de uma inspeção especial recém concluída pelo Tribunal de Contas do Estado. Determinado pela presidência do TCE, a partir de uma representação do Ministério Público de Contas, o trabalho de 130 páginas promete desvendar a caixa-preta da composição tarifária que ano após ano provoca especulações e divergências.

Embora a íntegra ainda não tenha sido divulgada, por depender de trâmites processuais, o presidente do TCE, Cezar Miola, adianta que se trata de um “amplo e detalhado relatório”, com uma análise minuciosa sobre as planilhas de custo. Miola avalia que as conclusões vão trazer “importante contribuição para futuras decisões acerca dessa matéria de grande interesse social, especialmente durante a discussão da revisão tarifária”.

Em sua representação, concluída em 31 de maio de 2011, o procurador Geraldo da Camino, do Ministério Público de Contas, já apontava uma série de indícios de inconsistência das planilhas de custo, como distorções na coleta de preços de combustível, lubrificantes e pneus. Enquanto a inflação entre 2006 e 2011 foi de 26,05%, o estudo revelou que o reajuste das tarifas somou 45,94%.

– Saberemos, enfim, se estamos ou não pagando uma tarifa justa, e desde quando – afirma Da Camino, que ainda não recebeu os resultados da inspeção, mas está confiante em que possam trazer luzes sobre as linhas de sombra já detectadas.

À época das denúncias, a EPTC refutou quaisquer irregularidades, afirmando que o processo de aumento das tarifas é feito da mesma forma há 18 anos e passa por 22 conselheiros, além de ser enviado à Câmara.
 Um dos problemas desse modelo é justamente a ausência de contratos válidos, já que as concessões das linhas estão sem licitação há mais de duas décadas, numa sucessão de prorrogações desde a intervenção no setor, em 1989.

- Em tratativas com a Promotoria do Patrimônio e com o MP de Contas, a promessa da prefeitura de Porto Alegre é realizar a licitação das linhas de ônibus em 2013. Como o traçado do metrô já foi definido, não há mais empecilhos para a deflagração do processo.

5 comentários:

Anônimo disse...

ÁLVARO DECLAROU R$ 1,9 MI E FILHA PEDE OITO VEZES MAIS
Seis anos atrás, quando disputou sua última eleição e se elegeu senador, Álvaro Dias (PSDB-PR) declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 1,9 milhão; hoje sua filha pede na Justiça R$ 16 milhões; líder tucano adota a tática do avestruz e não comenta o assunto, alegando se tratar de caso de família, em segredo de Justiça, mas deixa no ar a dúvida: como será que ele multiplicou tanto seus bens num período tão curto?
24 DE DEZEMBRO DE 2012 ÀS 06:34
Sempre pronto a cobrar dos homens públicos total transparência, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), adotou a tática do avestruz ao ter revelada a ação judicial em que foi condenado por sua própria filha, que é fruto de um relacionamento extraconjugal com uma servidora pública. A menina, que ainda é menor, conseguiu que o líder do PSDB no Senado fosse condenado por abandono afetivo e pediu ainda parte na venda de cinco casas do senador em Brasília, avaliadas em R$ 16 milhões. No Twitter, onde é bastante assíduo, o senador se limitou a postar a seguinte mensagem: “Desrespeito à lei, distorção dos fatos para magoar pessoas que não merecem isso”.

Anônimo disse...

A pior coisa que se pode fazer e não ter dominio de uma situação, o olivio fez a intervenção e depois não sabia como sair, teve que se submeter aos caprichos das empresas e quem pagou fomos nós comunidade e servidores publicos, hoje temos uma passagem carissima e não adianta chiar, em época de eleições eles vão nas empresas morder os empresarios e a conta vem depois, na festa do dmlu foram pedir mimos para as empresas e sortearem entre os presentes, depois como o servidor vai cobrar eficiencia? lembro que certa vez o diretor de divisão me pediu para solicitar uma punição a cootravipa(que a meu ver era injusta)quando veio o proc. para assinar era c$137,00, multa essa irrisória só prá consta que as firmas levam multas, meu bairro deve ser varrido 4 x mes, mas é varrido uma, pergunta está sendo pago as 4x? eduardo

Anônimo disse...

FINALMENTE... MAS SERÁ MESMO NÓS USUÁRIOS VAMOS TER ACESSO AS INFORMAÇÕES TÃO "SIGILOSAS ASSIM"

Anônimo disse...

Bom dia Políbio,
Esse assunto das empresas de ônibus é muito pertinente. Sou usuário do serviço e minhas palavras são de indignação. É um serviço com péssimos atributos de qualidade. Preço alto, õnibus velhos sem ar condicionado, sempre estão entupidos, cobradores que trancam a roleta antes de te dar o troco. As lotações não ficam atrás. Aliás, se as pessoas exigissem um pouquinho mais, aposto que teríamos um serviço mais adequado. Passam os anos, e o centro de Porto Alegre é uma grande rodoviária ao céu aberto. Horrível. Filas e mais filas. Calçadas intransitáveis. Uma esculhambação total. A sensação é de estarmos em Uganda. Por último, é muito interessante quando você reclama do serviço, muitas pessoas te olham atravessado e te xingam... abs. Boas Festas. Carlos Alberto Beschorner

Anônimo disse...

Parabéns pela lucidez anônimo das 10.23hs.

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