Tarso enfrenta crise sem precedentes dentro do seu próprio governo

Ao sair atirando contra o diretor Geral do Daer, Francisco Thorman, seu subordinado, o secretário de Infraestrutura e logística, o socialista Beto Albuquerque, mergulha o governo Tarso Genro, PT, numa crise política sem precedentes.

. O que disse o secretário ao falar sobre as razões da demissão:
- Eu não tenho confiança alguma no diretor Geral do Daer, que não tem competência técnica para estar onde está.

. O episódio é parecido com o da demissão do então secretário da Segurança de Yeda, o deputado Enio Bacci, com a diferença de que desta vez a mídia local não reverberou o episódio de maneira escandalosa.

. Ao deixar o caldo entornar da maneira como entornou, o governador Tarso Genro demonstrou enorme inabilidade política e arrisca-se a perder o apoio do PSB. “Não perderá e indicaremos outro nome para a secretaria”, apressou-se o presidente do Partido, Caleb Oliveira. O que se coloca é o seguinte:
- Beto Albuquerque tinha virado rainha da Inglaterra na secretaria. Ele combinou porteira fechada quando desistiu de ser candidato ao governo e aceitou apoiar Tarso, mas o PT, com o apoio de Tarso, deixou-o sem o comando das jóias da coroa da sua pasta: Daer, CEEE, CRM, Sulgás, SPH e Porto de Rio Grande. Só a SPH, que não tem grande importância, ficou com ele. Em setembro do ano passado, ao perder Marcos Ledermann no Daer, Beto Albuquerque tentou emplacar Rui Dick e foi desmoralizado pelos seus colegas João Vitor e Carlos Pestana, que levaram a melhor com Francisco Thorman, um arquiteto ultrapetista, com quem o secretário nunca despachou e por quem sempre manifestou desprezo. 

. Até nos casos da importante ERS-418 e ERS-010, o secretário viu sua autoridade totalmente desrespeitada pelo Piratini.

- Beto Albuquerque encontrou um bom motivo para sair, já que o PSB quer vê-lo na liderança da bancada federal, ajudando a encorpar a candidatura do governador Eduardo Campos à presidência.