O adiamento da votação do relatório do projeto de Lei Geral da Copa no dia de ontem, foi marcado basicamente por desentendimentos entre Ministros do governo do Dilma Rousseff, o relator, Deputado Vicente Cândido (PT-SP), e a própria Federação Internacional de Futebol Associação (Fifa). Ao menos quatro pontos do texto tiveram que ser modificados às pressas, entre a segunda-feira e a tarde de terça-feira, durante a reunião da comissão especial que votaria o texto e agora deve fazer isso apenas na quinta-feira. As mudanças revelam conflito de interesse entre o governo e a Fifa.
. O governo não gostou da redação do artigo que a obriga a pagar pelos danos em caso de tumultos nos estádios durante os jogos e da limitação à meia-entrada para idosos. Também não agradou ao Palácio do Planalto a permanência, para além da Copa, da liberação de bebidas alcoólicas nos eventos esportivos e a criação dos crimes de marketing “de emboscada” e “de intrusão”, solicitados pela Fifa. Tudo isso teve que ser mudado na última hora, o que gerou confusão na hora de apresentar o assunto aos Deputados, adiando a votação. Os maiores problemas aconteceram porque Vicente Cândido, no afã de conciliar interesses do governo e da Fifa, alterou seu relatório na sexta-feira sem negociar com o governo, gerando os atritos.
. Segundo o site "Congresso em Foco", apesar de a liberação do álcool e da meia-entrada para idosos ter mais impacto social, a maior briga do governo com a Fifa refere-se à questão da responsabilidade por tumultos nos estádios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário