“Prisioneiro 30.310” é o título do livro que marcou a tragédia que modificou a vida do jornalista Flávio Alcaraz Gomes, que será cremado nesta terça-feira a tarde em Porto Alegre, aos 83 anos. Até o assassínio que cometeu, na década de 70, Flávio Alcaraz Gomes era o verdadeiro braço direito do seu primo, Breno Caldas, dono da Caldas Júnior, que até hoje edita o jornal Correio do Povo e controla a Rádio Guaíba e a TV Record, atualmente um grupo de comunicação inteiramente entregue ao grupo Record, da Igreja Universal. O crime de morte colocou-o no índex de Breno Caldas, o primo, que o repeliu em meio a uma saraivada de acusações. Salvou-o de destino ainda mais cruel, o concorrente de Breno Caldas, Maurício Sobrinho, que ainda na prisão resultou por contratá-lo para a RBS. Nos últimos anos de vida, o jornalista Flávio Alcaraz Gomes marcou ponto na atrapalhada Rede Pampa.
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Flávio Alcaraz Gomes foi o jornalista mais prestigiado e conhecido das décadas de 50, 60, 70 e 80 no RS. O editor trabalhou algumas vezes com ele, uma delas quando ele já tinha retornado para a Caldas Júnior, depois da passagem pela RBS. Nesta época, ele já não tinha o mesmo brilho.
Na foto acima, a capa do último livro de Flávio, Diário de um Repórter.
8 comentários:
Meus pêsames aos familiares . Durante muitos anos a abertura do programa no rádio reproduzia em frances o áudio de um aeroporto provavelmente Orly e fazia-me sonhar.
Marcou o rádio gaúcho . Felizmente para ele e seus ouvintes não era unanimidade .
Lamentamos profundamente o ocorrido e os sentimentos aos familiares. Sou da geração do rádio e esta voz faz parte do nosso passado.
Flávio Alcaraz é uma das lendas do rádio gaúcho, assim como Candido Norberto e Mendes Ribeiro. Uma geração que está findando.
Quando pequeno escutava na Rádio Guaiba, cedo da manhã, a radifonização do livro Eram os Deuses Astronautas.
Sua narrativa era emocionante.
Políbio,
Esse foi o "cara".
Meus sentimentos sinceros aos familiares.
era uma rádio melhor
hoje está insuportável
noticia repetida na hora certa
polêmica ridicula
o malacedo azedo
outro dia escutei um aviso de um ouvinte informando sôbre um cachorrinho abandonado no centro
parecem aquelas rádios do interior transmitindo avisos
o flávio era talentoso
hoje , a mediocridade impera
FLÁVIO ALCARAZ GOMES REPÓRTER
"É A GUAÍBA"
"atrapalhada Rede Pampa"!!!
Disse tudo - e mais um pouco -,caro Políbio!Eita rede mais politicamente correta,infestada de esquerdistas!A rádio,então,é insuportável - só abobrinhas esquerdopatas!O antiamericanismo mais tacanho e nojento,é a tônica!
Almirante Kirk
Caro Políbio,
gosto deste blog. Na maioria das vezes concordo com o que escreves e quando não concordo, respeito. Porém acho que não foste feliz ao noticiar a morte de Flávio Alcaraz Gomes pois deste mais ênfase ao período negro que o mesmo viveu do que ao legado que nos deixou como grande radialista/jornalista que foi: inteligente, sagaz, imparcial, dedicado. O jornalismo gaúcho perdeu um dos maiores pilares que o sustentava e, certamente, sua falta será sentida e seu exemplo de profissionalismo deverá ser seguido pelos que estão começando. Meus sentimentos à família e a todos aqueles que apreciam o bom jornalismo. Vá em paz, mestre!
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