Salazar, acusador de Pont e Bohn Gass, deporá finalmente na Assembléia do RS

Ficou definida na manhã desta terça-feira (22), a vinda do ex-assessor petista Paulo Salazar para ser ouvido na Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. O recurso do deputado Pedro Pereira (PSDB), pedindo a vinda do ex-servidor da casa, que havia sido impedida pelo Presidente da CSP, deputado Fabiano Pereira (PT) foi apreciado e aprovado na reunião da Comissão de Constituição e Justiça, através do relatório favorável emitido pelo parlamentar Carlos Gomes (PPS).

. Em sua explanação, Gomes reconhece o pedido de Pedro Pereira como legítimo, visto que Salazar era funcionário da Assembleia no momento em que ocorreram as supostas irregularidades, logo, funcionário público em comissão, o que torna o assunto de responsabilidade da Comissão de Serviços Públicos, contrariando totalmente o que alegara Fabiano Pereira quando se negou a incluir a matéria na pauta da Comissão na primeira vez em que Pedro Pereira buscou a audiência, ainda em abril deste ano.

. “Parece que finalmente poderemos saber o que Paulo Salazar tem a dizer sobre seus salários desviados e o caixa dois petista de quando trabalhava na Assembleia. Se trata de dinheiro público, então nada mais justo que a população possa saber claramente o que aconteceu. Só queremos transparência. Mas precisa ser de todos”, declarou Pedro Pereira.

. O parlamentar tucano pretende ouvir Salazar sobre as denúncias, veiculadas na imprensa nacional e estadual, de desvio de salários para caixa dois da campanha petista de Raul Pont para a prefeitura de Porto Alegre. Paulo Salazar foi assessor dos deputados Raul Pont e Elvino Bohn Gass, entre 1999 e 2005 e acusa ambos, ainda de emissão de notas falsas para diárias e lavagem de dinheiro para a campanha de Pont, bem como o assassinato de Milton Kruger, principal testemunha de acusação do processo contra os petistas, morto em Canoas com características de execução.

. A matéria ainda não tem data para entrar na pauta da CSP, mas tudo indica que será votada na sessão da Comissão do dia 1° de outubro.