Análise
Ronaldo Rosen, sociólogo, Porto Alegre.
O problema do Barrashopping, como vem sendo o caso das Casas Bahia, é que não é uma empresa daqui e não se informa sobre os hábitos de Porto Alegre, que tem os melhores IDH do Brasil. Ele estão acostumados com o subdesenvolvimento imbecil do Rio, onde ir a shopping de automóvel dá prestígio e não sabem que aqui se faz o modelo europeu e suiço, de andar de bicicleta com bom padrão de vida para comprar e acompanhar a natureza. Estou me referindo ao caso do engenheiro, que foi expulso do shopping, porque tentou ingressar no estacionamento pedalando, depois de ter usado a ciclovia paga pelo próprio BarraShoppingSul. Os seguranças ignorantes, pensam que bicicleta é indicador de assaltante, como também examinam da mesma forma os grupos de consumidores menos abonados que saem do Big para dentro do shopping. O Barrashopping é invasor do ambiente do RS e por isto os consumidores já perceberam que ele veio trazer problemas. Talvez eles queiram vender o shopping para empresários mais inteligentes e se mandarem daqui.
14 comentários:
Esse bairrismo de alguns, de pensar que somos *especiais* que me dá nojo de ser Gaúcho!
Que temos uma cultura diferenciada, é lógico e óbvio. Só dizer que temos cultura suiça é um pouco demais.
Temos um provincianismo bobo sim, somos resistentes a mudanças culturais. Gostamos da nossa dicotomia, no futebol, na política e até na disputa de cidades(Caxias x Bento, Lajeado x Estrela). Quando se fala em "glamourizar" o litoral norte, tentando melhorar um pouco nossas péssimas praias, um grande número de pessoas berra histericamente, dizendo que issa irá tirar o traço tradicional das praias gaúchas, ou seja, dos valões, do mato nas ruas e dos alagamentos em dia de chuva. Noto conversando com amigos que o Barra Shopping trouxe um novo ponto de discussão em Poa. O sul x norte. Os "sulistas", que adotaram o Barra Shopping, e os "nortistas" fiéis ao Iguatemi. Quem é da zona norte detestou o Barra Shopping, quem é da zona sul quer mais que Iguatemi quebre. Faço até um mea-culpa familiar, meu pai até hoje é saudoso do "velho" Salgado Filho! Eu dou risada quando ele fala isso. Pior que ele fala sério. Esse tipo de pensamento retrógrado é que nos coloca na mão do xiitismo político e cultural dos Raul Ponts da vida, esse mesmo que lamentou que o Mercado Público perdeu seu charme com o fim do cheiro "tradicional" de peixe. Chega de emplacar carroças, chega de brincar de gaudério dentro da cidade, andando a cavalo e espalhando esterco por tudo. Chega daquela relíquia do Muro da Mauá. Chega de atraso.
O sociólogo Rosen, foi muito preciso no seu diagnóstico sobre os administradores do Barra Shopping, com sua forma estúpida de agir em Porto Alegre! Apreciei bastante aquela passagem onde diz que os tais administradores estão mal acostumados ao "subdesenvolvimento imbecil do Rio" e com o hábito dos cariocas (e paulistas também) de andarem sempre de automóvel por uma questão de status! Os babacas, imaginando-se seres superiores, e ignorando onde estão e quem somos, acreditam poder medirem o resto do mundo por aquele modelo cretino! Pois aqui deram com os burros n'água e vão acabar sendo boicotados! Depois, shopping por shopping temos os nossos a qual estamos acostumados e não iremos nos abalar com a novidade situada lá no meio da vila...
Os arrogantes proprietários do Barra deveriam calçar as sandálias da humildade e ouvir o que está sendo apresentado como advertência! E se pretenderem fincar pé por aqui, é bom tomarem as providências corretivas enquanto é tempo, se não quiserem seguir o caminho das Casas Bahia, rumo ao prejuizo e ao fechamento de lojas...
O Barra é muito bom! O povinho gaucho, parte grande, é bem atrasado e vingativo. Não tem o bom e saudável hábito de 'negociar', de cumprir, de aceitar. /A população direitosa, que ama a yeda e o cel mendes, estão fazendo deste estado uma ilha de fidel, uma direita raivosa do pinochet, uma colombia... Fora direitalha. Deixem nosso rico e belo estado crescer, vive, negociar, conviver com a diferença. O Barra é BOM DEMAIS para esta gentalha!
O certo é que nossa cidade não comporta tantos empreendimentos... Vamos ver quem pode sair dessa. Tem que ser bom!
Quem escreveu esse artigo se acha europeu, mas mostra ignorância: o Rio de Janeiro utiliza A biclicleta mil vezes mais que POA, e tem uma avançada política de ciclovias, reconhecida como modelo na América Latina. Lá a bicicleta faz parte da vida de pobres, classe média e ricos.
Comentários como o desta pessoa, com ideias como "extrangeiros, vão embora daqui, deixe a cidade ser só dos portoalegrenses" , que torna a cidade provinciana, que torna a cidade estagnada, que estimula movimentos como a histeria contra o Pontal do Estaleiro e contra tudo que é novo e ousado nessa cidade.
Ricardo Haberland
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MOVE POA
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Quem escreveu esse artigo se acha europeu, mas mostra ignorância: o Rio de Janeiro utiliza A biclicleta mil vezes mais que POA, e tem uma avançada política de ciclovias, reconhecida como modelo na América Latina. Lá a bicicleta faz parte da vida de pobres, classe média e ricos.
Comentários como o desta pessoa, com ideias como "extrangeiros, vão embora daqui, deixe a cidade ser só dos portoalegrenses" , que torna a cidade provinciana, que torna a cidade estagnada, que estimula movimentos como a histeria contra o Pontal do Estaleiro e contra tudo que é novo e ousado nessa cidade.
Ricardo Haberland
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Quem escreveu esse artigo se acha europeu, mas mostra ignorância: o Rio de Janeiro utiliza A biclicleta mil vezes mais que POA, e tem uma avançada política de ciclovias, reconhecida como modelo na América Latina. Lá a bicicleta faz parte da vida de pobres, classe média e ricos.
Comentários como o desta pessoa, com ideias como "extrangeiros, vão embora daqui, deixe a cidade ser só dos portoalegrenses" , que torna a cidade provinciana, que torna a cidade estagnada, que estimula movimentos como a histeria contra o Pontal do Estaleiro e contra tudo que é novo e ousado nessa cidade.
Ricardo Haberland
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Caro Políbio. Por que , no comentário anterior o sr. não se importa com o atendimento do Carrefour e do BIG aos seus consumidores gaúchos de alto IDH ? São mercados que não tem atendimento de qualidade , empacotadores, mercadorias pessimamente dispostas (vá ao setor de sucos em pó do BIG e veja por si próprio). As filas são demoradas e chegam a te perguntar cinco vezes se queres um cartãozinho de compras na mesma tarde. Pagamento de luz, telefone, carregamento de celulares, água, e outras cositas. Ou seja , uma droga. Podes comentar alguma coisa sobre isso ??? UM abraço.
Faço das palavras do Fernando, complemento ao meu comentário!
Olha tchê, não sou 'nortista' coisa nehuma e nem defendo o Iguatemi! Por que denunciar o erro de um, obrigatóriamente significa defender algum outro? Muito esquista esta lógica... Aliás, um ilogicidade, melhor dizendo! Moro mesmo na zona sul, mas não me considero um 'sulista', e se fosse uma dessa tolices, defenderia então o Shopping Praia de Belas, ajustado a zona Sul faz tempo!
Eu apenas entendo que um empreendimento do vulto do Barra e com o tipo de serviço que apresenta, deveria sintonizar mais harmoniosamente com as idiossincracias do mercado onde se dispõe a atuar! Essa discussão, e as acusações sobre o nosso provincianismo, nossa vocação européia e outras sandices gaudérias, não tem nada a ver com o que está acontecendo! Acaso, nós gaúchos, provincianos ou suiços, não somos diferentes mesmo? Claro que somos e nem por isso nos afirmamos melhores do que os outros, apenas desconfiamos daquilo que não sintoniza com nossa diferença!
Os empresários do novo emprendimento, apenas agiram mal, na contra-mão de nossa realidade, e erraram em suas estratégias de implantação do negócio! O que o Barra deveria respeitar, por razões mercadológicas são as características da cidade e não a obrigarem a costumes alienígenas... Entendeu, seu Ricardo? A propósito estrangeiro não se escreve com 'x'!
A truculência dos seguranças, nada tem de "estrangeira". Ela reflete fielmente o buraco (financeiro, moral, intelectual, etc) em que o RS está enfiado.
Na minha modesta opinião,considerar que somos diferentes ("maior IDH do país" versus "subdesenvolvimento imbecil do Rio") reflete uma "inocência distraída" do sociólogo, que aparentemente ouviu o galo cantar, mas ainda não acordou para a realidade do RS.
Olhando de perto, sem o bairrismo, sem o peito estufado e apeado do cavalo, percebemos que temos diferenças, mas elas são muito mais sutis do que julga o sociólogo.
Parabéns, Dimitri!
Não somos nós consumidores abertos a novidades, que ocasionamos esta divisão na população.
A próposito, a divisão está a serviço de quem?
O investimento BarraShopping, está ficando em segundo plano,
e as discórdias prevalecendo.
Tática de guerrilha.
Pois é, para saberem que até mesmo a guerrilha pode acontecer! Então não seria bom provocar como fizeram, os babacas...
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