No ano que vem, Porto Alegre elevará de 27% para 77% tratamento de esgoto

Desde que na década de 70 a prefeitura passou a se interessar pela recuperação da potabilidade e da balneabilidade do lago Guaíba, a capital dos gaúchos nunca mais deixou de conviver com as promessas de que o paraíso estava ao alcance das mãos, mas o máximo que se conseguiu nesses anos todos foi elevar para 27% o índice de tratamento de esgotos. Sem esgotos tratados, não dá para falar em balneabilidade e potabilidade.

. As sucessivas administrações municipais, até investiram em programas ambiciosos, com e sem o apoio de outras esferas da administração pública. Nomes como Projeto Rio Guaíba e Pró-Guaíba tornaram-se comuns aos portoalegrenses.

. É emblemática a foto do ex-prefeito João Verle, antecessor de José Fogaça, banhando-se nas águas do Lami, para demonstrar a recuperação da balneabilidade do Guaíba, sem o barrigão de um Lula, é verdade, mas com toda a intrepidez de um Mao nadando no Yang Tse.

. Não foi tudo em vão.

. O programa que está em execução desde o final do primeiro mandato do prefeito José Fogaça, o Pisa, o Programa Socioambiental, é muito mais ambicioso. Trata-se de um programa de R$ 700 milhões. É muito dinheiro. Ao final da primeira etapa, prevista para o ano que vem, 2010, o índice do tratamento de esgotos subirá dos 27% atuais para 77%. Os esgotos tratados de Porto Alegre, 1,3 milhão de habitantes, beneficiarão 1,1 milhão de portoalegrenses, contra os 370 mil atuais. Já no final do ano que vem. As obras correm para valer. ”Em 2014, quando o Sistema de Esgoto Sanitário do Sarandi (zona Norte) estiver concluído (já está em obras), iremos a 94%”, avisou Flávio Presser, diretor Geral do Dmae. O Dmae é o Departamento Municipal de Água e Esgoto de Porto Alegre, cujo orçamento deste ano será de R$ 310 milhões. O editor convidou Presser para almoçar no Press Hilário, nesta quinta-feira.

- As redes coletoras de esgoto, 140 kms, R$ 64 milhões, das regiões da Restinga, Cavalhada e Ponta Grossa, estão praticamente concluídas. Neste momento,saem as obras da estação de bombeamento da Ponta da Cadeia (R$ 10 milhões). As licitações dos tubos para conduzir o esgoto da Ponta da Cadeia para a Estação de Tratamento da Ponta Grossa (R$ 132 milhões) e da estação propriamente dita (R$ 110 milhões) começaram (os consórcios já foram pré-qualificados). Em dois anos estará tudo pronto.

Um comentário:

Anônimo disse...

acho que o Presser está sendo apressado, sem trocadilho; eu, pelo menos, quero obras, meu bairro, pagando o mais alto iptu da cidade, não tem esgoto (ch das pedras). Presser, queremos obras E bons serviços.
quanto à pesquisa,a lista está braba; os genros são invotáveis, pelo amor de deus, acho que ainda fico com a atual.

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