A carta que vai publicada nos jornais de hoje, de autoria do lobista Lair Ferst, repercutiu enormemente nesta sexta-feira, porque confirma todo o esquema de corrupção no Detran e porque também cita vários nomes de personalidades gaúchas que não foram investigadas e nem denunciadas na Operação Rodin, embora todos tenham sido citados ao longo do inquérito, pelo menos nos interrogatórios dos presos.
. Um dos nomes citados por Ferst foi o do jornalista José Barrionuevo, que se afastou do jornalismo há dois anos e implementou uma consultoria de formação e recuperação de imagem pública para o mercado corporativo e políticos. Lair diz na carta que Barrionuevo foi sócio da Pensant. Isto não é verdade e o próprio jornalista, numa carta datada de ontem, confirma que a Pensant foi seu cliente, dentro da atividade que exerce, atribuindo a citação a uma retaliação de Ferst, a quem denunciou como personalidade mefistofélica durante a campanha eleitoral para o governo estadual.
Eis a carta do jornalista:
Sobre a referência a meu nome na “carta” de Lair Ferst, encaminho o texto que remeti ontem a Zero Hora – procurado que fui pelo jornal -, publicado parcialmente em meio a uma lista de nomes indiciados pela Polícia Federal e pelo MP por ação criminosa extremamente grave:
1. A Pensant foi um dos muitos clientes atendidos pelo meu escritório, que trabalha com comunicação, marketing e gestão de crise. Nenhum dos trabalhos executados – e pagos – têm vinculação com o Detran ou com qualquer outra estatal.
2. Não trabalhei na campanha de Alceu Collares.
3. No final da campanha do segundo turno de Yeda Crusius (em outubro de 2006), quando atuei como consultor, chamei atenção para os problemas do senhor Lair Ferst. Um coordenador, braço direito da candidata (Aod Cunha), me pediu informações sobre o empresário, em decorrência de nota publicada sobre ele na Página 10 de ZH naqueles dias. Mandei a ficha policial, que dispensa comentários. Soube que, a partir do meu alerta, foi solicitado que Lair não freqüentasse mais o comitê. Pela reação, desconfio que atrapalhei seus planos.
4. Ficaria muito preocupado se o senhor Lair tivesse me elogiado nesta destrambelhada “carta”.
José Barrionuevo.
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