Crônica de Sexta, por Vitor Bertini - Café da manhã

Bruna aguardava, com a sinistra paciência dos jacarés, uma alma inocente que lhe trouxesse café na cama.

Lembrou que Marcelo provavelmente já havia saído para trabalhar e que ela havia dispensado os serviços da Constanza. Lembrou também que não existia nenhuma Constanza. Pelo menos não a seu serviço.

Resistiu. Os jacarés são assim, couro duro. É preciso honrar a natureza e esperar. Nenhum movimento em vão.

Cheiro de café é mais ou menos como uma sexta-feira: anuncia algo que nunca será, exatamente, como as expectativas geradas - mas é, em si, uma maravilha. Bruna não sabia onde havia lido isto. Sua memória era ótima. Faltava o café.

Olhando reto para a frente, aos pés da cama, sobre a herança da primeira viuvez da tia Norma - “filha, não é um banco, é um lindo récamier”, um amontoado de roupas brancas e sua bolsa mais vistosa.

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Vitor Bertini/ https://ahistoriadasexta.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com// bertini.vitor@gmail.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Bolsonaro é negacionista até em casos de inundações.

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