Quando se examinam fatos e seus reflexos, há de se ter
presente o alerta que já fizera Paul Veyne – historiador e arqueólogo francês –
acerca de uma armadilha inerente a isso: “o perigo da História é que ela parece
fácil e não o é”. Não obstante, faz-se necessário examinar os reflexos do
grande movimento ocorrido no Brasil ao final de maio de 2018, alguns
previsíveis outros nem tanto.
Embora intelectualmente se esteja tentado a invocar o
Conselheiro Acácio (famoso personagem da obra Primo Basílio de Eça de Queiroz),
que entre outras obviedades dizia que “as consequências vêm sempre depois”,
percebe-se que se está diante de uma soma de fatos sem precedentes, com efeitos
prejudiciais para a maioria dos brasileiros.
Não se pretende tratar aqui de todos os prejuízos
causados, pois inescapavelmente precisa-se reconhecer que quantificá-los nada
mais é do que um simples exercício de retórica matemática (se isso fosse
possível), sem contar o incalculável valor de uma vida humana perdida neste
processo.
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