O IPCA mostrou alta de 0,24% em julho, segundo os dados
divulgados ontem pelo IBGE. O resultado ficou acima da projeção do mercado (0,18%) e dos economistas do Bradesco (0,15%).
A análise é dos econmistas do Bradesco, enviada há pouco ao editor:]
Apesar da alta no mês, a
elevação acumulada em doze meses recuou de 3,0% para 2,7%. A aceleração em
relação a junho, quando o índice registrou deflação de 0,23%, refletiu
principalmente o impacto da bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica e
do aumento dos tributos sobre combustíveis. Os preços de alimentos, por outro lado,
continuaram com variações negativas, apresentando deflação de 0,47%. Além
disso, os núcleos e a inflação de serviços continuam um indicando cenário
benigno para os componentes mais sensíveis à política monetária: a média dos
núcleos apresentou alta de 0,2% em julho, em linha com a variação verificada no
mês anterior, mas desacelerando no acumulado em doze meses. Os preços de
serviços, por sua vez, recuaram na margem, passando de 0,4% para 0,3%, e
acumularam variação positiva de 5,5% nos últimos doze meses, ante avanço de
5,9% acumulado até junho. Apesar da surpresa altista, mantemos nossa
expectativa de que o IPCA encerrará o ano com alta de 3,4% em 2017 e de 4,0% em
2018.
Um comentário:
Enfim, ressalte-se, quem aumenta a inflação é o Governo, seja através de impostos (combustíveis), para financiar a ineficiência do Estado, seja através do aumento da energia elétrica, por falta de uma política e uma gestão coerente de investimentos nesta área.
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