Congresso votará as 11h o valor da nova meta fiscal. O déficit será de R$ 170,5 bilhões. A dívida pública irá a 73,4% do PIB.

A proposta que será votada a partir das 11h, hoje, pelo Congresso, estima que a dívida bruta encerrará o ano em 73,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano, na esteira do histórico rombo primário nas contas públicas para o qual busca ganhar sinal verde do Congresso Nacional. 

Em 2015, a dívida bruta correspondeu a 66,5% do PIB.

Considerada o principal indicador da solvência de um país, a dívida pública bruta já estava em 67,3% do PIB em março, conforme dados mais recentes divulgados pelo Banco Central. A projeção de 73,4% consta em projeto de lei da nova meta fiscal, enviado nesta segunda-feira ao Legislativo.
Sem conseguir economizar para o pagamento de juros da dívida pública, o endividamento segue em alta. Sua evolução nos últimos anos é retrato da deterioração fiscal do Brasil, impactada, de um lado, por elevados gastos obrigatórios, e, de outro, por receitas em franco declínio por causa da recessão econômica.

Reconhecendo novamente a impossibilidade de fechar o ano no azul, o governo quer aval do Congresso para que o setor público consolidado tenha déficit primário de 163,9 bilhões de reais em 2016, ou o equivalente a 2,64% do PIB. A meta ainda vigente na lei orçamentária, fantasiosa, do governo Dilma, é de superávit de 30,6 bilhões de reais.

 A meta proposta para o governo central (governo federal, Previdência e Banco Central) é de um déficit de 170,5 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios têm como alvo fiscal um superávit de 6,6 bilhões de reais.

No documento enviado ao Congresso, o governo também destacou que os cálculos fiscais divulgados até agora para os próximos dois anos não são factíveis e estão em processo de revisão.
"Para 2017 e 2018, o governo está revendo o cenário macroeconômico e os números de projeção de receita (administrada e extraordinária) de forma a adotar cenário mais prudencial, de forma a evitar frustrações de previsão de arrecadação tão elevadas quando as observadas nos últimos dois anos."

(Com Reuters)

Um comentário:

Anônimo disse...

Seria muito bom que a mídia reservasse o espaço nobre para esclarecer o "zé povinho e zé povão", pois isso implica em sacrifícios imensos para todos.
Informar de forma bem didática (se possível desenhado ou com imagens), em programas de forte apelo popular o que é meta fiscal, déficit, dívida pública, ajuste fiscal, pois a maioria dos analfabetos funcionais, iludida com as bolsas-miséria, propaganda governamental federal enganosa e incentivada pelo consumo irresponsável, agora está aí desempregada e queixando-se da vida.
E o governo de Temer que faça a sua parte de forma transparente, cortando na carne os tumores políticos, cartões corporativos, extinção de ministérios (esse Minc não deveria ser ressucitado), fim dos CCs, divulgação de todos os que foram subsidiados com o nosso dinheiro,...
Chega de esconder realidades dolorosas. O tapete é para enfeite e não para esconder certas inconveniências. Temos que receber as mesmas informações que o MPF, TCU,... é o Portal da Verdade dos Gastos Públicos bancados pelos brasileiros.
Assinado: Profª Sonia Maria Porcher

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/