Análise, Celso Ming - A indústria e o câmbio

As condições adversas da indústria são tais que apenas um câmbio fortemente desvalorizado seria capaz de lhe dar competitividade. Essa hipótese é de probabilidade insustentável, porque o País não pode ter um câmbio feito sob medida apenas para a indústria.

Ainda que tenda a atrair mais dólares, é a melhora dos fundamentos da economia a principal condição para fortificar a indústria. Contas públicas em ordem, contas externas equilibradas e inflação na meta são fatores que garantem previsibilidade para os negócios e confiança em alta. É canteiro propício para os investimentos no setor produtivo e aumento do emprego. Para isso, não basta o bom trabalho de bombeiro; é preciso garantir reformas estruturais: da Previdência, do sistema tributário, das leis trabalhistas, das regras da política... e por aí vai.

É um grave equívoco achar que a indústria tem de ser fortificada com aumento artificial do consumo interno, com desonerações improvisadas, com créditos subsidiados seletivos, como os oferecidos pelo BNDES, e pelas demais invenções proporcionadas pela Nova Matriz Macroeconômica inventada pelo então ministro da Fazenda Guido Mantega.

A melhor política industrial consiste em proporcionar crescimento econômico sustentável e uma política comercial ativa que garanta mercado externo para o produto brasileiro. Mas o governo Dilma não entende assim.


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