Saiba quem foram os "infiltrados" que tentaram melar a Operação Lava Jato, cumprindo ordens de Márcio Thomaz Bastos e Lula

Em reportagem de quatro páginas, a revista Época desta semana conta que em junho deste ano, a Lava Jato chegou a sua 14ª fase e numa investigação chegou à história da conspirata que novamente coloca Lula no centro dos acontecimentos da Lava Jato, desta vez para implodir tudo que acontecia no Paraná, contando com a ajuda de "dissidentes" da PF e a orientação de um ex-superintendente da PF contratado por Thomaz Bastos. Esta é a história secreta de reuniões que tiveram Lula e seu ex-ministro no leito de morte do Sirio-Libanês.

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Na 14. fase da lava Jato, foram presos os executivos de algumas das maiores empreiteiras do país,inclusive Marcelo Odebrecht. 

Seus computadores e celulares foram apreendidos. Analisando esse material, a PF descobriu que Marcelo Odebrecht fazia anotações detalhadas de seus compromissos e das ideias que tinha para proteger sua empresa das investigações. 

Em uma delas, Marcelo Odebrecht diz: “Trabalhar para parar/anular (dissidentes PF...)”. O juiz Sergio Moro considerou o trecho perturbador. 

A anotação foi feita no mesmo intervalo de tempo dos encontros no Sírio-Libanês entre Bastos, Lula e Jaber (leia nota abaixo sobre o assunto). 

Os encontros do Sírio-Libanês entre Lula e Márcio Thomaz Bastos são peças de um quebra-cabeça que ainda está sendo montado pela PF. 

Um inquérito da Corregedoria da Polícia Federal, que tramita sob segredo de Justiça na 14ª Vara Federal de Curitiba, apura a suspeita de que policiais federais venderam dossiês a um grupo de advogados. Entre eles, como revelou reportagem da Folha de S.Paulo, Augusto Arruda Botelho, do escritório Cavalcanti e Arruda Botelho Advogados. O advogado e sua sócia, Dora Cavalcanti, trabalharam com Bastos durante anos.

Poucos dias depois dos encontros no Sírio, em dezembro do ano passado, um automóvel Honda percorreu os 404 quilômetros entre Curitiba e a capital paulista. Era o carro do delegado da Polícia Federal Paulo Renato Herrera. Ele não estava em missão, tampouco informou seus superiores sobre a viagem a São Paulo. Herrera entrou na polícia em 2002 como agente. Nunca teve uma atuação muito expressiva e, depois de se envolver em um tiroteio, passou por períodos de síndrome do pânico. Acabou escanteado na corporação. Foi em Foz do Iguaçu que conheceu e se aproximou do ex-agente da PF Rodrigo Gnazzo, que mantém uma relação de confiança com Jaber.

Na Lava Jato, Gnazzo e Herrera se uniram, de acordo com as fontes, com um único propósito: fornecer informações para um dossiê com supostas ilegalidades, de modo a invalidar a operação. Ou seja, melar a Lava Jato. Em segundo lugar, queriam obter dados privilegiados da operação, como datas e locais de batidas da PF. Gnazzo trabalhou na área de inteligência e de entorpecentes na Superintendência do Paraná, por muito tempo feudo de Jaber, parceiro de Bastos e um dos pacientes do Sírio naquela semana de novembro. Gnazzo estava insatisfeito com o trabalho na polícia, segundo colegas. Pediu licença do órgão para trabalhar em uma gráfica em Curitiba. De lá, foi para a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, durante a passagem do deputado federal Fernando Francischini pela Pasta. Pouco tempo depois pediu exoneração da PF. Ele também é investigado pelo sumiço de dinheiro durante uma apreensão.
O advogado Augusto Botelho se encontrou com policiais federais a mando de Márcio Thomaz Bastos
Em informações trocadas com superiores, Gnazzo e Herrera confirmam ter se encontrado com advogados da Lava Jato e citam, inclusive, viagens a São Paulo. Os dois, no entanto, dizem ter desistido de dar prosseguimento ao “serviço”, que havia começado meses antes, a partir de uma ordem do advogado Márcio Thomaz Bastos. O ex-ministro pediu a Botelho que encontrasse os policiais.  De acordo com o relatado a Botelho, eles tinham informações sobre ilegalidades da Lava Jato. Um dos encontros aconteceu num escritório de advocacia de Curitiba. Contou com a presença do advogado Marden Maues, que defendia a doleira Nelma Kodama. Nelma foi uma das primeiras pessoas a detalhar o assédio de policiais aos advogados e vice-versa.


Dias depois, Maues buscou Botelho no aeroporto de Curitiba. Eles foram a um novo encontro com os policiais, que prometiam apresentar documentos que comprovassem as ditas ilegalidades. A reunião transcorreu num motel da capital paranaense. Na reunião, Gnazzo e Herrera apresentaram papéis com informações sobre ilegalidades da operação: detalhes sobre escutas, interceptações telefônicas e desvio de conduta de colegas. Todos os dados foram repassados, segundo os envolvidos, sem nenhum pagamento. “Reuni-me, a pedido de Márcio Thomaz Bastos e no estrito exercício da minha atuação profissional, com policiais federais. Fato esse, inclusive, já informado por petição à 14ª Vara Federal de Curitiba”, afirma Botelho. Ele nega a compra de “qualquer dossiê, informações sigilosas ou privilegiadas no curso da Operação Lava Jato”. Botelho relata que leu as informações, que se tratava de “brigas internas”, considerou-as irrelevantes e não voltou a encontrar os policiais. Manteve contato apenas com Maues, que tem um escritório a poucas quadras do escritório de Botelho. No entanto, outro encontro do grupo foi realizado em um posto de gasolina também na capital paranaense antes da viagem a São Paulo. Maues confirma os encontros com Gnazzo e Herrera: “Nada de ilegal ou irregular foi objeto desses encontros”.

8 comentários:

Anônimo disse...

Quadrilheiros quando se reúnem a quadrilheiros não ficam fazendo conversas sobre coisas como o tempo, ou sobre o próximo verão! A razão da reunião de bandidos é o próximo crime a cometer, como por exemplo quando Dilma participou do assalto ao cofre da amante de Adhemar de Barros, certamente ela não falou de sua devoção a São Dimas!

Anônimo disse...

Há 13 anos que o 9dedoslulladrão só faz o Brasil retroceder em todas as conquistas democráticas. "Nuncaantesnahistóriadestepaíf" se roubou, se conspirou e se enganou tanto. Fora petistas/bolivarianos.

Anônimo disse...

Esta é uma ponto de teu "modus operandi", Xi que vem aqui?

Anônimo disse...

O Brasil sofreu um atraso de mais de 30 amos no desgoverno petista.

Anônimo disse...

Se houver justiça os descendentes do Tomás Bastos devem ter seus bens
indisponibilizados até que se apurem as falcatruas em que esteve envolvido e haja ressarcimento com multas aos cofres da união. O mesmo para Lula e os que o cercam, além de cadeia no caso dele.

Anônimo disse...

Ate na hora de "bater as botas" eles ficam bolando e conspirando contra o Brasil, é muito incrível isso e ainda tem gente que apoia e vota neles.

Anônimo disse...

Auler: Aparece o áudio da escuta da PF na cela de Alberto Youssef

Fernando Brito · 12/10/2015

A história da “escuta velha e desativada” com que tentou se encobrir a descoberta de um equipamento de transmissão na cela de Alberto Yousseff, 20 dias depois de o doleiro ser preso pela Polícia Federal, em 17 de março passado desabou ruidosamente, com efeitos imprevisíveis sobre a Operação Lava-Jato, como revela Marcelo Auler em seu blog.
Mais de 100 horas de gravação ilegal dos seus diálogos com visitantes – inclusive seus advogados ou outros presos – há a informação de que Paulo Roberto Costa foi colocado na mesma cela – estão sendo sendo tratadas por peritos federais para melhorar a qualidade do áudio, desmontando completamento o que vinha sendo sustentado pelos delegados e – pior – pelos procuradores da Operação Lava Jato.

Agora, toda a operação está sob risco, caso se considere que a investigação começa por informações obtidas de forma ilegal, uma vez que no seu primeiro depoimento, dia 21 de março, Youssef tinha se mantido em silêncio. No dia seguinte, Paulo Roberto Costa, preso no dia 20, foi levado para a mesma carceragem da PF.

Leia a história, exclusiva, revelada por Marcelo Auler, que já chegou aos deputados da CPI da Câmara.

(...)

Xi, editor e tias do jô, e a escuta clandestina na sela do doleiro Yussef na PF, como que deve ser classificada? Legal ou ilegal? Por menos que isso o ex-dep federal e ex-delegado da PF Protógenos Queiros foi condenado pelo STF, com perda da função pública e cassado pela Camara dos Deputados por ter conduzido mal a Operação Satiagara, em consequencia todo o Processo foi anulado pela teoria da arvore envenenada.

Anônimo disse...

Estranha esta vinculação. Se não estou enganado MTB morreu em novembro de 2014, a 14ª operação da lava jato foi em maio ou junho de 2015.
Quanto a escuta na cela (é com c que se escreve) pode ter sido plantada para melar a operação.

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