O
percentual de famílias gaúchas com contas em atraso que não terão condições de
pagá-las nos próximos 30 dias voltou a crescer em junho, mostrando um aumento
de consumidores inadimplentes e a dificuldade que as famílias enfrentam para se
organizar diante do novo cenário da economia. O percentual de famílias sem
a perspectiva de pagamento de dívidas em atraso no horizonte de 30 dias atingiu
13,1% em junho deste ano, contra 4,4% no mesmo mês do ano anterior. O dado faz
parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC-RS,
divulgada nesta quarta-feira (1) pela Fecomércio-RS. O levantamento ouviu 600
famílias no Rio Grande do Sul.
Conforme a
PEIC-RS, o mês se encerrou com um aumento significativo no percentual de
famílias gaúchas endividadas. O índice alcançou 60,5% contra 54,0% apurados no
mesmo período do ano passado. Considerando a média de 12 meses, o
endividamento dos gaúchos apresentou leve alta, passando de 55,1% em maio para
55,6% em junho. Apesar da alta na comparação anual, o nível de endividamento
ainda está abaixo do padrão histórico. “Nos últimos meses, a demanda por
crédito ficou mais restrita pelos juros mais altos e pela menor confiança dos
consumidores. Além disso, houve também restrições por parte dos ofertantes de
crédito. Tudo isso ajuda a explicar a dinâmica recente do endividamento das
famílias”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Ele
destacou também a importância do consumo consciente, com a necessidade de as
famílias manterem suas contas em dia para que possam continuar comprando.
O percentual
de famílias com contas em atraso também cresceu, passando de 20,0% em
junho/2014 para 23,3% em junho/2015. “Os juros altos e a inflação persistente
são fatores determinantes para o aumento do percentual de famílias que não têm
condições de honrar suas dívidas”, ponderou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz
Carlos Bohn.
A pesquisa
ainda evidencia estabilidade na parcela de renda comprometida com o pagamento
de contas. Na média em 12 meses, permaneceu em 30,1% (junho/2015), contra 30,0%
em maio de 2015. O tempo de comprometimento, também na média de 12 meses,
registrou um pequeno recuo, saindo de 7,7 meses em maio desde ano para 7,6
meses em junho último. O cartão de crédito segue liderando como o principal
meio de dívida dos gaúchos, detido por 83,9% dos entrevistados, seguido por
carnês (21,5%) e financiamento de veículos (18,6%).
2 comentários:
Isto é só o começo. A crise braba ainda nem começou.
Não existem praticamente inadimplentes, existe pessoas sérias, trabalhadoras, que com aumento abusivo de tudo não conseguem pagar as contas em dia. E existem funcionários públicos que com os afagos para ficarem ao lado deste governo corrupto pagam em dia porque podem. Simples. Agora é ir deixando que só funcionários públicos girem a economia. Vamos ver no que dá.
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