As agências internacionais informam esta manhã que oprimeiro-ministro grego,
Alexis Tsipras, escreveu aos credores internacionais dizendo que a Grécia pode
aceitar a oferta de resgate mais recente se algumas condições forem alteradas,
mas a Alemanha expressou ceticismo ao mesmo tempo em que disse que a porta
ainda está aberta a negociações.
Em troca, Atenas pediu um empréstimo de 29 bilhões de
euros para cobrir todos os pagamentos de serviço de dívida que vencem nos
próximos dois anos.
A chanceler alemã Angela Merkel não acredita mais nos gregos. Sobre o referendo de domingo, ela avisou, apoiando a consulta:
A chanceler alemã Angela Merkel não acredita mais nos gregos. Sobre o referendo de domingo, ela avisou, apoiando a consulta:
- A Grécia
tem o direito de fazer seu referendo sobre as propostas européias, mas os
europeus também têm o direito de responder conforme o resultado do voto.
Na carta, vista pela Reuters, Tsipras pediu para manter o
desconto do imposto sobre valor agregado para ilhas da Grécia, adiar os cortes
de gastos com defesa e também a eliminação progressiva do complemento de renda
para pensionistas mais pobres.
"Como podem notar, nossas alterações são concretas e
respeitam totalmente a robustez e credibilidade do projeto do programa
geral", escreveu o líder esquerdista grego.
Os ministros das Finanças da zona do euro vão discutir o
pedido grego em teleconferência marcada para às 12h30 (horário de Brasília),
mas a reação inicial de ministros e autoridades foi de que a carta contém
elementos que os ministros acharão difícil aceitar.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a Grécia
não cumpriu suas obrigações, mas que a porta para negociações permanece aberta.
Com longas filas se formando em caixas automáticos um dia
depois de a Grécia se tornar a primeira economia avançada a dar calote no FMI,
e com sinais de que a oferta de notas está ficando baixa, Tsipras está sob
crescente pressão política para alcançar um acordo.
Embora a carta dele seja datada de 30 de junho, ela
chegou após os ministros do Eurogrupo terem encerrado uma teleconferência na
terça-feira à noite. Uma autoridade da UE disse que ela havia sido recebida por
volta da meia-noite, quando o resgate internacional do país expirou e quando
ele deu calote no pagamento ao FMI.
Mas o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble,
jogou água fria sobre as esperanças de um rápido avanço, dizendo que a carta
chegou tarde demais e que ainda não está claro o que a Grécia deseja.
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