Entenda como os mercados avaliam cenários neste início de segunda-feira

Neste boletim enviado há pouco para seus clientes e assinantes, a SH Global Kapital informa que o real segue movimento de principais moedas emergentes e do Euro e abre em alta de 0,44%, cotado a R$ 3,170/USD. Já o índice futuro da BOVESPA indica que a abertura deverá seguir o movimento dos futuros em Wall Street. O índice futuro da bolsa paulista sobe 0,58%.

Também acabam de ser divulgados os dados da pesquisa FOCUS do BC (leia nota abaixo), onde 70 bancos fazem suas previsões para os principais indicadores da nossa economia. O mercado voltou a revisar para baixo sua projeção de inflação para 2016
As projeções do mercado para as principais variáveis macroeconômicas permaneceram praticamente inalteradas, com algumas exceções, como a inflação para o próximo ano, conforme apontado pelo Relatório Focus, com estimativas coletadas até o dia 10 de julho, divulgado hoje pelo Banco Central.
> A mediana das expectativas para o IPCA em 2015 foi revisada para cima, de 9,04% para 9,12%, enquanto para 2016 foi reduzida de 5,45% para 5,44%.
> As estimativas para o PIB em 2015 continuaram projetando uma queda de 1,50% e para 2016 permaneceram em 0,50%.
> A mediana das projeções para a taxa Selic se manteve em 14,50% neste ano e subiu de 12,06% para 12,25% para 2016.
> As estimativas para a taxa de câmbio passaram de R$/US$ 3,22 para R$/US$ 3,23 no final de 2015 e permaneceram em R$/US$ 3,40 no final de 2016.

Para a abertura do mercado local nesta manhã chuvosa em Porto Alegre, podemos esperar o seguinte, segundo o Broadcast (Agência Estado):

ACORDO GREGO ANIMA MERCADOS, ENQUANTO INVESTIDOR MONITORA POLÍTICA INTERNA
São Paulo, 13/07/2015 - Após uma verdadeira maratona de negociações, a Grécia e seus credores internacionais finalmente chegaram a um acordo que garantirá a permanência do país na zona do euro e prevê ainda um financiamento de cerca de 80 bilhões de euros a Atenas.
O novo plano confere alívio aos mercados internacionais nesta manhã e deve ajudar os negócios domésticos, nesta segunda-feira de agenda mais tranquila.
Foi acertado um reescalonamento da dívida grega - com ampliação de prazos, mas sem diminuição da dívida - e o aumento da liquidez ao combalido sistema financeiro do país. Ministros de Finanças da zona do euro vão se reunir ainda hoje para discutir os detalhes do acordo, sendo que o texto final será avaliado pelos Parlamentos nacionais dos países europeus, inclusive da Grécia, até quarta-feira.
A chanceler alemã, Angela Merkel, adiantou que sugerirá aos parlamentares alemães que aprovem o acerto. Nas bolsas, o plano é bem recebido e as praças acionárias da Europa avançam mais de 1,0%, trajetória acompanhada pelos índices futuros em Nova York, onde os juros dos Treasuries também operam em alta. Já no mercado de moedas, o euro cai na comparação com o dólar, com os investidores com um pé atrás até a aprovação do texto pelo Parlamento grego. Internamente, o mercado monitora a reunião de coordenação política da presidente Dilma Rousseff nesta manhã, já que um dos temas a serem discutidos será a mudança da meta fiscal de 2015.
Apesar de Dilma ter afirmado no fim de semana, em Milão, que não tem a intenção de reduzir a meta de 1,1% do PIB, a área econômica estuda criar uma banda de flutuação para o superávit primário, segundo apurou o Broadcast.
Em meio a esse cenário de instabilidade política e diante da dificuldade da equipe econômica para fazer o ajuste fiscal, uma missão da agência de classificação de risco Moody's deve chegar a Brasília na quarta-feira para avaliação da nota do Brasil. Conforme apurou o Broadcast, a maioria dos especialistas avalia que a nota do Brasil será rebaixada, mas continuará com o "selo" de grau de investimento.

Voltando ao exterior, as preocupações com a China podem dar uma trégua, depois de dados de importação e exportação melhores do que o esperado em junho e com as bolsas chinesas em alta pelo terceiro pregão consecutivo. Mas o dado da balança comercial é só um aperitivo, já que a semana reserva dados importantes da economia do país, como o PIB do segundo trimestre, vendas de varejo e produção industrial, sendo os dois últimos referentes ao mês passado.
Também nos próximos dias os investidores terão pistas importantes sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos, a começar pelo Livro Bege, que o Federal Reserve publica na quarta-feira.

PIB da China e vendas no varejo dos EUA no radar externo
No calendário internacional merecem atenção nesta semana vários dados da China que saem na terça-feira: PIB do 2ºtrimestre, vendas no varejo e produção industrial, ambos de junho. No mesmo dia, serão conhecidos a produção industrial de maio da zona do euro e vendas no varejo dos Estados Unidos de junho. Outros indicadores dos EUA previstos são a produção industrial e inflação ao produtor, ambos de junho, e o Livro Bege (todos na quarta-feira), além da inflação ao consumidor e índice de sentimento do consumidor preliminar de julho, da Universidade de Michigan (sexta-feira). Na zona do euro, os ministros de finanças se reúnem para discutir um plano de financiamento de curto prazo para a Grécia.






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