Para viabilizar o depoimento do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras Renato Duque – preso sob acusação de envolvimento no escândalo de propina na estatal –, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu nessa quarta-feira ato da Mesa Diretora que impedia que presos prestassem depoimento na Casa. O executivo está preso na Polícia Federal desde segunda-feira, depois de ser alvo da 10ª etapa da Operação Lava-Jato.
A prisão dele foi determinada pelo juiz Sérgio Moro. O Ministério Público constatou que Duque tinha contas secretas na Suíça, no valor de 20 milhões de euros, esvaziadas posteriormente e transferidas para o Principado de Mônaco.
A apresentação de Duque foi pedida pela CPI da Petrobras ao juiz Sérgio Moro. Ele determinou que o ex-diretor fosse então apresentado à comissão às 9h30 de hoje. Sem anulação do ato, os parlamentares seriam obrigados a se deslocar até a sede da PF, em Brasília, para ouvir o executivo.
A decisão de como será o esquema para ouvir Duque, agora, fica a cargo da PF e da Câmara. Moro, no entanto, fez questão de destacar o direito do ex-diretor ao silêncio.
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