No final da tarde da última segunda-feira, a
diretoria da Câmara de Comércio de Rio Grande recebeu diretores do Grupo Bolognesi, o
terceiro maior operador de térmicas do País e responsável pela construção da
usina termelétrica e do terminal de regaseificação previstos para operarem em
2018. Falou o vice-presidente do Grupo Bolognesi, Paulo Cesar Kutzen. Ele informou que no
último leilão de energia, em 2014, a empresa conquistou dois empreendimentos:
um em Rio Grande e outro em Suape (PE):
- O prazo de fornecimento de
energia é de 25 anos. Período que vamos permanecer aqui, no mínimo. A
disponibilidade de gás para o extremo Sul do Brasil vai permitir a ampliação da
capacidade industrial. O ganho não é da térmica. Vemos ela como uma âncora. Vai
ser a primeira operação, no Brasil, direta de GNL, da regaseificação da térmica
e depois para o sistema. Vamos injetar gás na região e o gás que está lá em
cima não precisa descer, e isso beneficiará o País como um todo.
A informação e o texto é do jornal Agora, de Rio Grande.Leia mais:
O
diretor de Projetos da Bolognesi, Marcus Temke, disse que o projeto prevê a
construção do terminal de recebimento e regaseificação de GNL, da usina
termelétrica, além do gasoduto e linha de transmissão, que terá conexão na
subestação do Povo Novo.O terminal terá capacidade de 14 milhões de metros
cúbicos por dia, poderá receber dois navios cargueiros/mês e ficará situado ao
lado do terminal da Petrobras. Ele contará com um navio de estocagem e
regaseificação de forma
permanente. A usina terá capacidade de 1.280mw e irá se
localizar no Distrito Inndustrial. O terminal representa 50% do que o Brasil
importa de gás da Bolívia. O gasoduto Rio Grande-Triunfo terá 311 km de
extensão.A construção do píer durará 24 meses e terá investimento R$ 130
milhões. A Usina Termelétrica do Rio Grande será constituída de três turbinas a
gás. As emissões gasosas atendem aos padrões internacionais. A construção da
UTE levará 36 meses, com investimentos de R$ 2,3 bilhões. "Teremos energia
suficiente para abastecer quatro milhões de pessoas. Isso compreende 11% do
consumo do Rio Grande do Sul, que hoje importa 3.500 mw de energia",
explicou Temke.A linha de transmissão para conectar a usina à subestação do
Povo Novo terá 37 km. O prazo de construção é de 12 meses e investimento de R$
30 milhões.A linha de transmissão estará pronta no início de 2017. Em novembro
daquele ano, chegará o navio regaseificador, enquanto a usina precisa estar
pronta até 31 de março de 2018. A previsão é que o empreendimento gere, no pico
das obras, 2.400 empregos diretos e 5.000 indiretos. O faturamento deverá ser
de R$ 2,5 bilhões anuais. Com relação à geração de impostos, os executivos
explicaram que o ICMS não é recolhido na origem e sim no consumo, mas que a
geração de energia aumenta o índice de retorno do Fundo de Participação dos
Municípios. A intenção é que metade da equipe da usina seja de jovens com
formação técnica e também se pretende utilizar as empresas locais ou da região
como fornecedoras.Até o final deste mês estará definida a construtora que atuará
nas obras. A construção iniciará tão logo seja obtida a licença ambiental,
prevista até maio.Impactos positivos.
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