Entrevista, Roberto Giannetti da Fonseca - O Brasil deve seguir sozinho, sem Mercosul e sem Argentina

É o que dá quando governos ou pessoas do povo gastam mais do que ganham ou tomam emprestado sem capacidade de pagamento. O calote sempre será inevitável - mas o troco também.



O editor sempre reclamou da implementação do Mercosul, pelo menos sem as salvaguardas e compensações devidas à economia gaúcha, que não é complementar à economia do maior parceiro brasileiro na região, a Argentina. Pois agora são os próprios paulistas quem reclama e pede que o Brasil siga sozinho e trate de acertar acordos de livre comércio com a União Européia e os EUA.

. A entrevista a seguir é com Roberto Giannetti da Fonseca, diretor de Relações Internacionais da poderosa Fiesp. O entrevistador é Duda Teixeira. O material está na Veja que circula hoje em Porto Alegre.

O economista e ex-diretor da área internacional da Fiesp diz que é hora de deixar a enrolada e endividada Argentina de lado e fazer um acordo de livre-comércio com a União Européia

Por nove anos, o economista Roberto Giannetti da Fonseca foi diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que representa 41% do setor industrial nacional. Até o ano passado, quando deixou o cargo, trabalhou dentro dessa instituição para que o Brasil se abrisse para o mercado internacional. Aos 64 anos, ele agora se dedica a sua consultoria econômica, a Kaduna. "Por causa da decisão de priorizar o Mercosul, o Brasil ficou muito dependente das exportações para a Argentina", diz o economista. Para Giannetti, com o país vizinho à beira de um novo calote na dívida externa, fica claro quanto o Brasil se arrisca em não reduzir essa dependência.

A Argentina tem até o fim deste mês para pagar uma dívida com credores estrangeiros. Qual é o risco de o país dar o calote?
É bastante alto. A Argentina caiu em uma armadilha jurídica. No contrato de reestruturação da dívida, feito alguns anos atrás, há uma cláusula muito importante. Ela determina que os credores que aceitaram receber o valor da dívida com desconto devem ter um tratamento igual ao dos demais credores. A questão é que uma parte menor dos credores, que ficou com 8% do montante, obteve na Justiça americana o direito de receber os títulos pelo seu valor de face, ou seja, 100%. Se os outros, que aceitaram receber menos, agora também entrarem na Justiça, a Argentina terá de pagar o valor integral. Isso representaria uma dívida total de 100 bilhões de dólares, muito mais do que os 28 bilhões de dólares de reserva internacional que o país tem.

O que pode ser feito, então?
A única saída é negociar com aqueles que aceitaram o desconto e tentar retirar a cláusula. Ao mesmo tempo, é necessário convencer os outros fundos, chamados de abutres, a aceitar o valor de face, mas em um prazo mais longo.

O que aconteceria se a Argentina desse o calote?
Se o calote for inevitável, os argentinos estarão diante de uma crise da maior gravidade. Eles ficarão isolados do resto do mundo. Será uma situação caótica. Qualquer propriedade do Estado argentino no exterior — imóveis, navios e contas bancárias — poderá ser penhorada para pagar aos fundos abutres. A comunidade internacional, porém, se esforçará para evitar esse cenário

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14 comentários:

Anônimo disse...

PRECIAMOS NOS LIBERTAR DESTE MERCOSUL, NÃO ASSINAMOS ACORDOS COM EUROPA, COM USA, FACE AS MÁS COMPANIAS ( VENEZUELA, ARGENTINA, BOLIVIA )
MERCADO EUROPEU NÃO QUER NEGOCIOS COM QUEM ESTÁ ALIDADO A ESTAS PORCARIAS.
ALÉM DA SIMPATIA POR CUBA DO GOVERNO PETISTA.

Anônimo disse...

sem duvida...

a Argentina, principalmente, só atrasa o nosso lado com os constantes entraves aos calçados brasileiros...

Anônimo disse...

QUANDO UM PAÍS ESTÁ PRECISANDO DE DÓLARES OFERECE JUROS ASTRONÔMICOS, OS INVESTIDORES APLICAM O DINHEIRO E DEPOIS NA HORA DE RECEBER FICAM CHAMANDO OS CARAS DE ESPECULADORES, MAS QUEM OFERECE OS JUROS NÃO SÃO OS *ESPECULADORES* E SIM QUEM PRECISA.
AQUI LEMBRO QUANDO LULALDRÃO DAVA PAU NOS ESPECULADORES INTERNACIONAIS, NÃO PEÇAM SE NÃO PODEM PAGAR.


EDUARDO MENEZES

Anônimo disse...

Esse empresariado paulista é o mesmo que apoiou o governo Lula e Dilma nos mais diversos pacotes fajutos que eles lançaram, mesmo contra opinião de diversos economistas.
Parece que na época levavam vantagem e agora que a coisa fica preta eles choram.
Não chore por mim paulistas.

Anônimo disse...

POLIBIO; QUANDO É QUE VÃO TIRAR A PALAVRA MERCOSUL DA CAPA DE NOSSOS PASSAPORTES PESSOAIS???

Anônimo disse...

É bom combinar com o PT, porque se depender deles, vamos, sim, com Argentina, Venezuela, Cuba e outros atrasados até o fundo do poço. O mundo, ah sim, vão rir da nossa cara e muito.

Anônimo disse...

Anônimo das 17:38,acho que deveria terminar com todos os empresários do Brasil,são exploradores do povo.Quem sabe assim passaremos a viver num país de 1º mundo como Cuba,onde um trabalhador ganha 30 dólares mensais,ou seja, menos que o Bolsa-Família que o brasileiro ganha sem trabalhar.

Anônimo disse...

Políbio,

O receio é a Dillma ajudar a Argentina em nome do bolivarianismo.

Ai vamos junto para o buraco!!

JulioK

Anônimo disse...

Esta chinelagem Argentina, Bolivia, venuzuela, Cuba...temos que nos livrar destes "Bagaços", inclusive temos que nos Livrar deste Cancer chamado PT.

Anônimo disse...

Vejam:

1-Dilma/LULA/Tarso trazem empresas chinesas e respectiva mão de obras;

2-A gorjeta a estes governantes fica em bancos chineses, na China, evidentemente, para não aparecer em declarações obrigatórios oficiais;

3-Os sindicatos dos empregados, incluindo todos os atrelados ao PT, destas empresas receberão mais, estes governantes reduzirão o que deles vem retendo;

4-Este governo avalizará as vendas dos produtos chineses daqui para a Argentina. Ganha assim notoriedade fajuta perante os "hermanos" e os trouxas brasileiros. Os argentinos não pagarão as compras e os chineses não pagam os impostos por ganharem incentivos fiscais. E, assim, o dito PIB aumenta mas a turma das bolsas esmolas ganharão aumento para ficar "numa boa" votando neste governo;

5-A divida interna brasileira vence, daí vem o governo "comunista" chines emprestando ao governo brasileiro, em troca mais povo chines vem para as fábricas chinesas aqui e mais componentes vem deles de lá;

6- Resultado, a divida brasileira em moeda Norte Americana vira dívida em moeda chinesa.
Fica a vingança socialista aos EUA concretizada, esfarelando o dólar
e o Brasil.

Mais bah! Tsche! Que visão pessimista e desastrada, não é? Espero viver para não ver isto.


Anônimo disse...

que dívida a américa latina, explorada até o talo por eua e europa, poderia ter com essas nações???
mande uma banana, cris!
torço para que os jihadistas ataquem eua e europa e possamos fazer nossa revolução comunista.

Anônimo disse...

os eua em apuros, endividados, o dólar prestes a afundar ante o yuan (e se duvidar o dinar de kadáfi volta), o novo banco dos brics... desesperados apelam.
manda uma banana presses exploradores, cris! de dinamite!

Anônimo disse...

rafael no céu
O estudante universitário de humanas residente do blog. Hahahahah!!

Anônimo disse...

O QUE A FIESP TEM DE CLAREAR É A TAXA DE INFLAÇÃO, UMA PIADA. QUANTO AO MERCOSUL, HÁ ANOS QUE NÃO EXISTE MAIS.

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