O avanço de 2,9% da indústria em janeiro não pode ser
interpretado como uma recuperação consistente do setor.
. Foi o que mandou dizer esta tarde ao editor o
professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy
Vartanian, que passou a seguinte explicação:
- O aumento pode ser explicado pela queda nos estoques decorrente de
uma postura conservadora do setor industrial no último bimestre de 2013, diante
da incerteza sobre a economia. Em dezembro, a
queda do setor industrial foi de 3,7%. Isto significa que o ano de 2014 será difícil para o
setor industria, diante dos efeitos da política monetária contracionista sobre
o consumo e o investimento e da pressão nos custos de insumos causada pela
desvalorização cambial dos últimos meses.
6 comentários:
Perfeita a análise do economista.
O Brasil não consegue evoluir em produtividade, os custos de produção e, principalmente logísticos subiram muito acima da inflação e a âncora cambial, com o Real sobrevalorizado tornaram o nosso produto pouco competitivo.
Apenas produtos primários (alguns) ainda são rentáveis na exportação. Produtos manufaturados importados, e até matérias primas, chegam ao país a custos muito inferiores aos similares nacionais. O Brasil se tornou inviável. Nosso (pobre) PIB já vem mostrando isto. E, enquanto isso, o custo da máquina pública cresce desordenadamente`. É o caos que a Argentina e a Venezuela já estão vivendo, chegando a passos largos até nós.
Políbio,
Concordo em gênero, número e grau!
Acrescento que 2015, com os ajustes obrigatórios(com ou sem PT) será ainda pior. Não teremos energia!!
JulioK
Aí os PTISTAS falar mal desta análise macro-econômica por ser a Universidade de origem americana.
Alô, Urubóloga:
indústria cresce em 2014
Utilização da capacidade instalada da indústria (UCI) registrou o melhor resultado em nove meses:
Saiu na Agência Brasil:
Indústria inicia 2014 com crescimento nos principais indicadores, diz CNI
Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira
A utilização da capacidade instalada da indústria (UCI) registrou o melhor resultado em nove meses, em janeiro, com 82,7%. Esses e outros índices foram divulgados hoje (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e estão na pesquisa Indicadores Industriais. O número é importante porque significa que a indústria está ampliando o uso do seu parque fabril. Em janeiro do ano passado, o indicador registrou 83,5%, mas não foi mais repetido nos meses seguintes.
“No ano de 2013 foi muito comum a ocorrência de resultados diversos. Uns [indicadores] com crescimento e outros com queda. O conjunto não foi muito definido, mas janeiro [2014] foi muito positivo. Embora, na comparação com 2013, vemos um resultado negativo no indicador de horas trabalhadas”, disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI.
O faturamento real da indústria, em dados dessazonalizados, também cresceu, alcançando 1,6%, em comparação a dezembro passado e 2,4% ante o mesmo período de 2013, indicou a pesquisa. As horas trabalhadas, na mesma comparação, cresceram 1,4%, em dezembro, mas caíram 0,9% ante a janeiro do ano passado, sendo que o emprego subiu 0,3%, em janeiro, em comparação também a dezembro, e 1,5%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
“O emprego já vinha mostrando resultados positivos. E isso se reflete no resultado da massa salarial, como é possível ver nos números”, disse Castelo Branco. No caso da massa salarial, o crescimento chegou a 0,9%, ante dezembro, e 6,7%, em comparação a janeiro de 2013. O rendimento médio real ficou em 1,1% e 5,1%, respectivamente.
“Quando nós olhamos para o resultado, há uma heterogeneidade nos dados. Ainda não caracteriza um revigoramento. Permanece em nível abaixo do que trabalhamos nos últimos dois, três anos”, avalia o economista.
Ele acredita que os dados de fevereiro devem ser novamente positivos, pois o carnaval neste ano ocorreu em março. Castelo Branco disse ainda que eventuais problemas com a economia da argentina serão compensados com o crescimento da economia mundial, especialmente a Europa e os Estados Unidos.
“Eu creio que a gente tenha que olhar por tipo de produto. Mas, no caso dos manufaturados, isso se reflete na indústria. No caso de commodities, isso vai depender da demanda da China. Mas acho que ela vai crescer acima de 7%, e os preços devem se manter de certa forma estabilizados”, destacou.
Quanto desespero em atacar o governo. Tudo isso é medo, editor?
1aNÔNIMO
Desde 2003 estamos esperando o estouro das "bolhas" e o apocalipse no Brasil...
Lembro de uma análise "consistente" de alguns economistas explicando porque o Plano Real não iria durar muito (os fatores estruturais que causavam a inflação na moeda antiga não tinham sido debelados, então esses fatores iriam "contaminar" a nova moeda, o Real e assim a inflação voltaria)...
Nenhum economista ou Boletim da Focus, ou Agência de classificação de risco preveu a grande crise de 2008!Fukuyama já tinha previsto que tínhamos chegado ao "fim da história" e por aí vai...
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