Editora Planeta do Brasil, 467 páginas
R$ 42,00
2a. edição, 2013.
Saulo Ramos, advogado e jurista santista, foi contemporâneo e companheiro de Mário Covas, na juventude. O livro Código da Vida do advogado Saulo
Ramos é saudado pelo humorista Jô Soares, em sua contracapa, com uma frase
do escritor francês Antoine de Rivarol, para quem o historiador e o romancista
fazem entre si uma troca de verdades e de ficções. A pretexto de
registrar suas memórias, Saulo Ramos, consultor-geral da República e ministro
da Justiça no governo Sarney, reescreve episódios do
qual participou dentro de uma ótica bastante peculiar. Mas contestada por seus
protagonistas. O advogado afirma ser o criador da fórmula da súmula
vinculante, do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária),
das leis de proteção ao deficiente físico e de ter introduzido no Brasil as
leis e a preocupação com o meio ambiente. Sem ele, a Constituição brasileira
seria um amontoado de besteiras e foi ele também quem salvou o arquipélago de
Fernando de Noronha. Saulo reivindica para si também a criação das seções de
notas curtas que fazem sucesso em jornais. Afirma que foi na seção
“Semanascópio” que ele escrevia na Tribuna de Santos que
o Jornal do Brasil e a Folha de S.Paulo se basearam para
instituir o Informe JB e o Painel. Não é bem assim. Ele faz revelações espantosas: teria sido Fidel Castro
quem preparou a morte de Che Guevara na Bolívia — ao mandar ao encontro do
guerrilheiro uma mulher que, Fidel sabia, estava sendo perseguida pela CIA.
Outra: Luís Carlos Prestes, para não ser preso, teria barganhado com a política
a entrega de suas famosas cadernetas que acabaram por fundamentar o inquérito
que indiciou 74 pessoas e que levou à condenação de 54 na primeira instância da
Justiça Militar, em junho de 1966. Outro furo internacional: na briga com a
Petrobras, Evo Morales, da Bolívia, “não afinou por temor ao governo
brasileiro, mas porque os traficantes do Rio de Janeiro ameaçaram importar
somente cocaína da Colômbia”.
2 comentários:
" Ele faz revelações espantosas: teria sido Fidel Castro quem preparou a morte de Che Guevara na Bolívia"
a múmia carniceira nao brinca em serviço...
o finado beiçola de Caracas que o diga...
Nesse livro Saulo Ramos não fala nada do decano do STF, Ministro Celso de Melo?
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