Diante de um cenário de desconfiança do mercado com o
compromisso do governo Dilma de manter as contas públicas sob controle, o
ministro Guido Mantega (Fazenda) prometeu ontem segurar os gastos neste ano. O chefe da equipe econômica disse que economizará até
dezembro o equivalente a 2,3% do PIB para abatimento da dívida pública, acima
das previsões do mercado, de 1,8%. Se ao longo dos próximos meses for
identificado algum movimento que possa prejudicar essa meta, Mantega diz que
cortará despesas.
Análise: Alta de despesas permanentes dificulta promessa
de ajuste. "Podem cravar a informação. Isso é uma meta firme do
governo", afirmou o ministro, em entrevista à Folha.
Folha - O cenário hoje no mercado é de pessimismo e de
falta de credibilidade da política fiscal. A que o sr. atribui isso?
Guido Mantega - O melhor indicador não é conversa
mole, mas as atitudes concretas do mercado em relação ao Brasil. Fomos neste
primeiro semestre palco do maior IPO [oferta pública inicial de ações] do
mundo, do BB Seguridade, de R$ 11,5 bilhões. A Petrobras captou US$ 11 bilhões.
O investimento externo direto, até abril, foi de US$ 19 bilhões. São provas de
confiança na economia brasileira.
Folha - Mas por que o pessimismo?
Temos um evento internacional importante, que vem
ocorrendo há 15 dias, desde que o Fed [banco central americano] passou a
sinalizar que vai retirar os estímulos que vinha colocando na economia. Hoje,
todas as Bolsas estão caindo no mundo. Não é um problema do Brasil, mas
generalizado. Aí os oportunistas dizem que tem problema no Brasil. Não
tem. Essa desvalorização [do real] não sei se veio para ficar, porque é um
momento de reacomodação da economia mundial. Pode durar uma, duas, três, quatro
semanas. Estamos bem preparados para isso, temos altas reservas. A
desvalorização não é boa para inflação, mas pode ser passageira. Estamos
tomando outras medidas para combater a inflação.
Folha - A desvalorização pode forçar o BC a elevar mais os juros?
Não pouparemos medidas para manter a inflação sob
controle.
Folha - Mas o dólar em alta não funciona contra?
Depende do tempo em que permanecer essa desvalorização.
Não dá para afirmar nada. Eles [os EUA] soltaram um balão de ensaio, a verdade
é essa. Deram declarações, o mercado já se altera em função delas, depois vão
ver o que fazem. Pode perdurar? Pode.
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4 comentários:
Este Sr. sabe o que é meta fiscal?
Sem dúvida, haverá cortes e esses serão no reajuste, NOVAMENTE, dos benefícios dos aposentados do INSS. A reportagem do Mailson só RATIFICOU o que já se sabia. O governo considera dele as contribuições previdenciárias e, portanto, as usa da que convem, independente desses valores pertencerem a quem irá se aposentar. Esses valores deveriam ser lançados no passivo, pois é uma 'poupança'. Governo oportunista/populista/irresponsável/desonesto. Se tiver esquecido alguma coisa, podem acrescentar.
Laila
Cachoeira ameaça contar os podres do governador Marconi Pirilo do PSDB:
Uma discussão sobre festa, entre o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o bicheiro Carlinhos Cachoeira acabou em bate boca na internet. O bicheiro usou sua coluna semanal no jornal goiano Diário da Manhã, publicada nesta terça-feira (11), para ameaçar o governador tucano pelo tratamento dispensado à sua mulher, Andressa Mendonça.
Segundo nota divulgada pela assessoria de Perillo, ela não teria sido convidada para uma festa à qual compareceu no Palácio das Esmeraldas.
Cachoeira ameaçou falar abertamente sobre os "problemas" do governo Perillo. "Se quiserem saber onde estão os maiores problemas e as principais sangrias dentro desse governo é só encarar a briga que estou pronto para o embate. Em bom brasileirês falo com a cabeça erguida e com o peito arfante: cai pra dentro quem quiser que eu sustento o desafio. Escolham as armas. A verdade, que liberta e quebra paradigmas, mostrará ao povo goiano os erros cometidos ao longo dos anos e dará o norte da reparação e do caminho certo."
O bicheiro afirmou que "um homem não pode jamais permitir que sua companheira, sua cara-metade, sua alma gêmea, a mulher a quem ele devota amor seja ofendida de qualquer maneira que for".
E mais.Também foi divulgado hoje os gastos do governador do PSDB com publicidade
O governo de Marconi Perillo já gastou R$ 39 milhões em publicidade nos três primeiros meses de 2013, segundo informação divulgada na coluna Giro, do Jornal O Popular desta segunda-feira (10). Os números levam em conta relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em 2012, foram R$ 171,6 milhões destinados a publicidade.
O primeiro corte pode ser o pescoço dele.
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