* Clipping O Globo
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), em
setembro, Valério contou que se reuniu no início de 2003 com o então ministro
da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, no
segundo andar do Palácio do Planalto. Durante o encontro, eles teriam acertado
os empréstimos do PT que irrigaram o esquema de compra de votos no Congresso.
Segundo Valério, Dirceu teria afirmado que Delúbio, quando negociava com
Valério, falava em seu nome e em nome de Lula.
. O publicitário contou ainda que, quando a reunião
terminou, os três foram ao gabinete de Lula, onde passaram cerca de três
minutos. À PGR, Valério afirmou que eles contaram ao então presidente o acerto
firmado minutos antes e que Lula teria dito "ok". No mesmo depoimento em setembro, Valério contou ter feito
dois depósitos, em 2003, para a empresa de segurança Caso, de Freud Godoy,
ex-assessor de Lula. O publicitário, no entanto, só especificou um deles — de
aproximadamente R$ 100 mil. No depoimento, Valério disse que o ex-presidente
era o destinatário do dinheiro, que seria usado para “despesas pessoais”. O
depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, após a quebra de
sigilo bancário de Freud Godoy, mas na época Valério nada disse.
. Em dezembro, quando as novas denúncias de Valério foram
divulgadas, o “ex-assessor de Lula negou as acusações e disse que iria
processar Valério. O ex-presidente também negou que tenha recebido dinheiro.
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