Todo governo enfrenta embates decisivos para definir seu
futuro, se avançará ou não. No de Dilma Rousseff, a batalha em torno da MP 595
— uma espécie de nova abertura dos portos, mais de duzentos anos depois da
primeira — reúne características para ser este momento-chave. Pois dar
competitividade ao Brasil no setor portuário é fundamental para a retomada do
crescimento e sua sustentação a longo prazo, além de crucial para destravar
investimentos.O governo, caso vença o confronto no Congresso pela
manutenção das principais linhas da medida provisória, pode, afinal, reanimar o
empresariado, temeroso em desengavetar projetos diante das incertezas causadas
por vários fatores, um deles os resquícios de ranço ideológico contra o aumento
da participação de capitais privados na infraestrutura. Ou seja, Dilma atingirá
alvos múltiplos — e o país ganhará muito com isso — se, como tem feito, não
recuar diante das pressões retrógradas contra a MP, movidas por uma aliança
esdrúxula de corporações sindicais e empresários beneficiários de reservas
cartoriais de mercado.
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