Apagão da Dilma - Gravações revelam despreparo de operadores para lidar com apagão

Diálogos inéditos entre operadores do sistema elétrico revelam o despreparo das subestações e dos centros de controle para enfrentar interrupções no fornecimento de energia. As transcrições constam dos relatórios da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do ONC (Operador Nacional do Sistema), obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação e publicados. Elas mostram o "sufoco" dos técnicos durante o apagão de fevereiro do ano passado, que deixou oito Estados do Nordeste sem luz por horas. 

. À época, o governo Dilma Rousseff atribuiu o apagão a um defeito ocorrido em uma placa eletrônica. A subestação desconhecia como proceder e foi preciso ir atrás do manual de instruções em cima da hora. O técnico explicou o motivo:

- É porque a gente tem que pegar o guia aqui porque não tem como acessar, aí estamos pegando o guia do normativo aqui e vamos fazer com ele.

.  Quando o abastecimento de todo o Nordeste dependia apenas da abertura de uma chave, como previa o guia de operações, os técnicos envolvidos discutiam se, em vez de abrir, como previa o rito normal, não era melhor fechar essa mesma chave. O relatório da Aneel lista as irregularidades. Além do portão travado, aparelhos fora de operação, disjuntores fechados, discrepâncias no sistema de supervisão e controle e dificuldade de acesso aos procedimentos operacionais para a recomposição da instalação.

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3 comentários:

Anônimo disse...

REVISTA FÓRUM

Relações da mídia com a ditadura

Sobre um histórico debate da Falha de São Paulo

Autor: Professor Idelber Avelar, da universidade de Tulane/New Orleans-USA

Aconteceu na noite desta quinta-feira, na Casa Fora do Eixo, em São Paulo, um programa histórico da Pós-TV de Lino Bocchini, sobre o tema da cumplicidade entre a mídia brasileira e a ditadura militar de 1964-85. Reuniram-se Lino, a jornalista Thaís Barreto, do Núcleo da Memória, a pesquisadora Beatriz Kushnir e o jornalista e escritor Alípio Freire. Bia talvez seja a principal pesquisadora brasileira das relações entre a mídia e a ditadura, e é autora do livro Cães de Guarda: jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988 (Boitempo, 2004), fruto de sua tese de doutoramento na Unicamp, para a qual realizou mais de sessenta entrevistas. Alípio foi militante da Ala Vermelha, grupo dissidente do PcdoB. Preso pela Operação Bandeirantes em 1969, esteve no DOPS, no Presídio Tiradentes, na Casa de Detenção do Carandiru e na Penitenciária do Estado de São Paulo. Trabalhou duas vezes na empresa Folha, a primeira em 1968, e depois de 1975 a 1979, período no qual testemunhou a demissão de Cláudio Abramo a pedido do II Exército.

No programa, Beatriz explica que dois fatos serviram de trampolim inicial para sua pesquisa. Os dez primeiros censores que chegaram a Brasília para servir à ditadura eram jornalistas, o que por si só já coloca em pauta a cumplicidade que norteia o livro. Em segundo lugar, na morte de Joaquim Alencar de Seixas sob tortura, no DOI-CODI (SP), ocorrera um fato curioso: seu filho Ivan Seixas, também torturado pelo carniceiro David dos Santos Araújo (que trucidava seres humanos no DOI-CODI com o codinome “Capitão Lisboa”), lera na Folha da Tarde a notícia da morte do pai 24 horas antes de que ela ocorresse. Numa saída com os torturadores, Ivan vê a manchete e, depois de regressar ao inferno do DOI-CODI, encontra seu pai ainda vivo. Ele só seria assassinado um dia depois.

O episódio mostra – e há outros do mesmo tipo – que a colaboração da Folha com a ditadura militar foi além do apoio puro e simples, em editoriais golpistas antes de 31/03/1964 e em sustentação ideológica depois de instalado o regime. Essa colaboração também incluía a produção antecipada da mentira sobre a morte, manchetada, em geral, como resultado de um tiroteio ou um acidente antes que o regime procedesse ao assassinato da vítima. No momento do assassinato, a vítima já estava, perante os olhos do público, “morta como resultado de tiroteio [ou acidente]”. A morte de Eduardo Leite, o Bacuri, assassinado pela ditadura, também foi anunciada antecipadamente, e de forma mentirosa, pela Folha. Seus torturadores chegaram a lhe exibir, no cativeiro, os jornais que afirmavam que ele havia fugido da prisão.

A pesquisa de Bia Kushnir e o testemunho de Alípio Freire também confirmam a já conhecida história do empréstimo de carros do grupo Folha às operações do DOI-CODI. Os carros serviram para albergar agentes da repressão em eventos de protesto contra a ditadura, para que dali eles capturassem ativistas de esquerda com mais facilidade. Os carros também foram usados para transportar presos políticos.

Anônimo disse...

Gravações liberadas pelo governo federal, é bom que se digo, da parte que foi privatizada do sistema, ou seja, de uma concessionária, que só visa o lucro e faz pressão para que a energia elétrica (alerdadeada pela imprensa marrom glace como sendo uma das mais caras do mundo) não sofram redução de preços.

Anônimo disse...

LULA O INCOMPETRALHA

E AS AGÊNCIAS REGULADORAS?

Ora, estão nas mãos dos amiguinhos da ROSE,amiguinha de Lula,amiguinho de Dilma, que escrevem "BACHARÉU",(devido a sua competência,é claro),porque iriam fiscalizar e regular,como o fariam, e isso poderia desgostar o prevaricador mor Luís Inacio ,o chefe do mensalão e INCOMPETRALHA.

O GOVERNO PETRALHA É COMO UM FILME DOS TRES PATETAS.

COMO OS PETRALHAS PUDERAM ENGANAR TANTOS POR TODO ESTE TEMPO?

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