O combate à corrupção precisa ser feito com respeito à lei e a ordem

- O Brasil reclama uma verdadeira Operação Mãos Limpas, unindo Polícia Federal, Ministério Público e Juízes numa só força-tarefa, para limpar a a sociedade brasileira dos bandoleiros que se instalaram no governo federal há oito anos para saquear o dinheiro suado que o povo entrega a todo momento para o Tesouro. Nem que para isto seja preciso estabelecer um conjunto de leis de exceção. A nota que a Associação da Polícia Federal divulgou neste sábado a noite é exemplar por seu caráter apartidário e profissional, mas sobretudo por refletir o conteúdo ideológico de um serviço público que pauta suas ações pelo espírito republicano e democrático.

. Em quase tudo está correta a nota, menos quando aborda dois temas que não são controversos:

1) A nota classifica de “criminoso” o prisioneiro arrestado por ordem preventiva da Justiça. Este prisioneiro poderá virar réu e se condenado a sociedade tê-lo-á como criminoso, até que cumpra sua pena. Não se trata de conceito bizantino, embora pareça bizarro insistir com a regra universal do direito, que manda os agentes da lei conduzirem-se em relação aos investigados com a presunção de que são inocentes – até que o devido processo legal cumpra seu rito. O princípio protege amigos e inimigos, fracos e poderosos, mulheres e homens – e por isto permite que a sociedade possa classificar-se como civilizada.

2) Ao avisar que o prisioneiro será algemado de acordo com o julgamento único do policial, o equívoco é igualmente inaceitável, porque há súmula clara do STF que estabelece objetivamente os limites para o uso de algemas.

. A pretexto de combater a corrupção dos governantes, não é lícito supor que a lei a ordem devem ser atropelados, porque é justamente com o respeito ao ordenamento jurídico que está a garantia da prestação da Justiça.

. Todo o restante da nota responde diretamente aos que mostraram indignação diante dos atropelos da polícia (Dilma, Cardoso e líderes do PR e PMDB), mas nada disseram sobre os políticos e servidores acusados de grossa corrupção nos ministérios do Turismo, Agricultura e Transportes.

CLIQUE AQUI para ler a nota na íntegra.

7 comentários:

Anônimo disse...

POLÍBIO BRAGA:
ALGEMAR UM POBRE PODE, MAS UM MINISTRO QUE FORMA UMA GANGUE E ROUBA MILHÕES E MILHÕES, DEIXANDO CRIANÇAS SEM ESCOLAS, APOSENTADOS SEM RENDA, ESTRADAS ESBURACADAS,ETC, NÃO PODE ALGEMAR?
A POLÍCIA FEDERAL FEZ O CERTO. TEM QUE ALGEMAR GENTE PERIGOSÍSSIMA COMO ESSES BANDIDOS DO PT E DO PMDB. DEVERIA ISTO SIM DAR UMA TUNDA DE LAÇO, EM PÚBLICO, NESSES BANDIDOS.
E TEM QUE POR A FOTO NOS JORNAIS SIM, PORQUE SÓ PODE POR FOTO DE POBRE LADRÃO. RICO LADRÃO TEM QUE SAIR NO JORNAL.
NOTA 100 PARA A POLÍCIA FEDERAL.

Anônimo disse...

que pais mais fresco...

eh o autentico pais que come mortadela e arrota caviar...

algemas em presos, eh para isso que foram feitas...

quem não quiser usar um par de algemas que ande na linha, que trabalha honestamente e não fique ao telefone ensinando os outros como fraudar processos licitatórios...

alias, nem sei como um sujeito que eh pilhado ao telefone da maneira como um deles foi pode ter direito a habeas corpus...

a prova esta ali, na gravação, o que mais precisa?

AGUIA DOURADA disse...

Polibio me desculpe mas discordo primeiro quando o policial os trata como bandido é baseado em fatos documentais e judiciais razão suficiente para tal segundo isto posto nada mais correto do que a aplicação de algemas, não vejo diferença na ação deles com as de outro assassino qualquer pois são responsáveis por varias mortes causadas pela falta dos recursos que eles roubaram.

Anônimo disse...

Na minha opinião os direitos sempre são maiores na medida que o acusado é da área pública ou algum membro eminente da sociedade. Infelizmente no Brasil o que conta é o 'status' do cidadão e não o que ele realmente fez e o quando prejudicou. Nisso os americanos são mais corretos. Brasil, pais dos corruptos respeitados e corretos espoliados.

Anônimo disse...

Políbio, realmente estamos enojados com tudo isso que tomou conta do nosso país nos últimos 8 anos, diligentemente acobertados por uma imprensa - não sei se por medo, incompetência ou afinidade ideológica (!!!), mas que sabiam onde ia dar seguir o que o eneadáctilo molusco propunha, ah isso sabiam. E que continuam acobertando ao informar a pretensa "faxina" empreendida pela diarista-presidente, sem exigirem dela as medidas consequentes no âmbito penal e sem destacar que ela foi conivente com isso - se por dolo ou incompetência, é questão de foro íntimo dela - portanto não pode dizer que desconhecia o que se passava embaixo do seu nariz; ao reportarem, com cara de pão amanhecido e matérias idem, a cautela demonstrada pela diarista-presidente ao lidar com os ladravazes incrustados no ministério da agricultura, como se isso fosse normal; ao insistirem em ressaltar um perfil da faxineira-presidente mais, digamos, afeito às lides administrativas sem um fato sequer que comprove isso e omitindo que seu hábito de se ater às minúcias secundárias em detrimento do principal está freando a Nação sem nenhuma vantagem em troca. Nós não merecíamos isto...

Daniel disse...

Vcs so estao discutindo a utilizacao de algemas, nestes ladroes, porque eles sao amiguinhos e pagam os melhores Advogados. Pois este espetculo, circense na maioria das vezes, é praticado ai na tua cidade, jornaleiro, diariamente, por policiais "competentes", como este Delegado que conseguiu colocar o Jundia, na cena de um crime, mesmo estando o tal fascinora a milhares de Kms de distancia, e vc e seus coleguinhas, da proba imprensa, nao sabem, nao ouven nada e nao veem. Engracado, né?

Anônimo disse...

Não podemos conceber que polícia se assuma no direito de decidir em quem coloca ou não algemas! Precisamos que se tenha uma regra clara que valha para todos. Não é possível escolher quem vai ou não ser algemado, se não há risco de fuga. Afinal, polícia em lugar nenhum do mundo tem poder de decisão. Aqui no Brasil não é diferente. Polícia não decide nada, só investiga. Quem denuncia e controla a polícia é o MP. Quem julga é o juíz. Vamos colocar os pingos nos "is". A nota da polícia parece bastante corporativa, como sempre. Penso que o uso de algemas deva acontecer indistintamente, a todos, sempre, para não ocorrerem distinções por interesses ocultos ou corporativos.

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