Inseguro em relação às condições de vitória dos dois pacotes principais de mudanças na área de recursos humanos - brigadianos e magistério - o governo gaúcho resolveu recuar na reunião da manhã desta terça-feira da Assembléia do RS.
. O que prometia ser uma super terça-feira acabou sendo uma terça-feira fraca.
. Apenas um projeto de interesse vital para o governo foi para votação, que é o que engordará o caixa para pagamentos de precatórios e novas estradas, resultado da liberação de R$ 1 bilhão retidos para a integralização do Fundo de Previdência do Estado.
. Os pacotes enviados pelo governo somente teriam sentido no caso de administrar isonomia dentro do funcionalismo (contribuições previdenciárias para todos) e impor parâmetros de avaliação e prêmios por desempenho (meritocracia), sendo que todo o restante era apenas penduricalho.
. A tentativa do governo, embora obstaculizada pelos deputados, sua promessa de que voltará a carga, credenciam Yeda para obter o weaver(perdão) por não ter cumprido todos os compromissos, e a liberação da segunda parte do empréstimo de US$ 1,2 bilhão assinado com o Banco Mundial. Esta não foi a primeira e nem será a última tentativa do governo estadual de governar o próprio governo.
- O fracasso das propostas encaminhadas na undécima hora para a Assembléia do RS relembra algumas lições esquecidas pelo governo: 1) maldades cometem-se apenas no início do governo e todas de uma só vez, administrando-se unicamente bondades a partir daí. 2) a base aliada de Yeda sempre será frágil quando se tratar de impor ônus, embora sempre esteja unida quando se tratar de administrar bondades. 3) os brigadianos unidos e mobilizados representam um grupo de pressão bem mais poderoso do que o grupo de pressão dos fracos professores.
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