Foi uma surpresa o anúncio da joint venture formada pela gaúcha Altus (automação industrial) e a coreana HT Mícron (uma das fornecedoras da Samsung) para produtir semicondutores no RS, a partir de uma fábrica que exigirá investimentos de US$ 200 milhões ao longo de cinco anos, gerando mil empregos de altíssima performance.
O anúncio ocorreu no próprio Palácio Piratini. Yeda recebeu Ricardo Felizzola, da Altus, e Choi, da Hana. A nova Lei de Inovação proposta por Yeda e aprovada este ano pela Assembléia, ajudou a viabilizar o empreendimento.
O RS já aloja a Ceitec, estatal federal localizada em Porto Alegre que já começou a fabricar chips. É o único empreendimento do gênero na América Latina. A joint Altus-Hanna encapsulará alguns desses chipes, mas fará muito mais, inclusive memórias para computador.
Empreendimentos como essa joint e Ceitec, remetem a economia gaúcha para a perseguição de novos paradigmas, diretamente para o universo da civilização pós industrial.
O RS há três décadas procura escapar da subordinação ao setor primário (9% do PIB estadual) e ao que ele representa sobre os dois outros setores (indústria e serviços), responsáveis, todos os três setores, por 40% de toda a geração de riquezas no Estado. O leitor precisa saber que metade da fatia dos 29% representados pela produção industrial na formação do PIB estadual procede da chamada indústria tradicional, que é a que busca no campo os seus insumos (é o setor menos dinâmico e mais atrasado da indústria).
Isto é só o começo. É o começo da história do pampa do silício, como adjetivou apropriadamente o jornal Zero Hora desta sexta-feira.
Se os governos federal e estadual tiverem juízo, chamarão o Tecnosinos para desenhar o plano estratégico que poderá transformar o RS numa nova Irlanda. Britto tentou isto, mas foi atropelado pela vanguarda do atraso.
- Há 21 anos, quando o editor ocupou o cargo de Secretário Municipal da Indústria e Comércio, formatou com a ajuda jurídica do atual vice da RBS, Afonso Mota, um Pólo de Alta Tecnologia, localizado exatamente onde atualmente funciona a Ceitec. Nos 16 anos seguintes, a vanguarda do atraso, representada pelos prefeitos do PT, sepultou o projeto. O Tecnosinos, Parque Tecnológico São Leopoldo, fez o que queria fazer o Pólo de Alta Tecnologia de Porto Alegre.
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2 comentários:
Assim, a governadora Yeda pavimenta o caminho da reeleição, com projetos viáveis, obras, competência administrativa e silêncio.
F.
Boa tarde!
Concordo com o colega, mas acrescento que o inédito deste investimento é que foi um grande grupo do RS que viabilizou o investimento.
Já repararam que grupos de Goiás estão viabilizando o setor automotivo local através de parcerias que garantiram a instalação da Mitsubishi e da Hiunday naquele Estado?
Sempre me pergunto o que os grupos Marcopolo, Agrale e Randon estão esperando para fechar uma parceria com alguma montadora japonesa ou coreana de pequeno ou médio porte (mass de alta tecnologia) e anunciar uma nova montadora em nosso Estado.
Fábio, Joinville/SC
(mais um ex-patriado...)
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