Calçadistas querem que o governo ajude - e não atrapalhe.

Só na semana que vem, quando abrirá a Couromoda, a indústria calçadista saberá com exatidão como será o ano de 2009, mas as expectativas são otimistas. Isto vale também para as exportações.

. Em 2008, as exportações repetiram 2007 (US$ 1,9 bilhão), embora o volume físico tenha caído 5%. Isto quer dizer que os calçadistas receberam mais por par, o que se deve ao valor mais alto do dólar. Para 2009, a expectativa é de melhora – caso o dólar se estabilize em R$ 2,20 (estudo publicado por esta página, do Credit Suisse, trabalha com dólar nesta casa para 2009). O dólar mais alto também conterá as importações (40 milhões de pares no ano passado, contra 26,3 milhões de pares do ano anterior). O Brasil produziu 750 milhões de pares no ano passado. 1/3 disto foi para o mercado externo.

- O deputado gaúcho João Fisher, que costuma defender o setor coureiro-calçadista, disse nesta segunda-feira ao editor que o novo programa de ajuda intitulado Revitaliza, não está adiantando muito. “Os altos juros (20,5% ao ano) e os curtos prazos (até 13 meses) não ajudam quem precisa de ajuda”, denunciou João Fisher, que tem informações seguras de que o programa não está sendo usado pelos calçadistas. É por isto que ele desconfia dos novos anúncios de ajuda para o setor.

. Se o governo não atrapalhar, o setor calçadista terá 2009 de primeira.
LEIA a entrevista do deputado logo a seguir.

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