Lula anuncia ambicioso plano para aquecer a economia

Logo depois que se reuniu com 29 dos maiores empresários brasileiros para ouvir sugestões, o presidente Lula anunciou o ambicioso e mais abrangente pacote anti-crise editado até agora por Brasília.

. A repercussão foi imediata e de apoio. O plano vai na contramão da reunião desta quarta-feira do Copom, que não reduziu a taxa de juros porque quer manter o consumo reprimido, tentando com isto evitar a alta dos preços. Há contradição evidente entre o que fez o Copom e o que anunciou o Planalto, porque um quer reduzir e o outro quer aumentar o consumo.

. A reunião com os 29 empresários foi apenas um convescote sem sentido, porque Lula já tinha decidido tudo com seus ministros e as sugestões ficaram para o day after.

. Foram promovidas mudanças na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), como forma de alívio para a classe média.

1) Entre as medidas está a criação de duas novas alíquotas, de 7,5% e 22,5%.

2) A tabela do IRPF 2009 será dividida da seguinte forma: quem ganha até 1.434 reais continuará isento. Os que recebem entre 1.434 reais e 2.150 reais pagarão alíquota de 7,5%. Para a faixa salarial entre 2.150 reais e 2.866 reais, a alíquota será de 15%, enquanto quem recebe entre 2.866 reais e 3.582 reais pagará 22,5%. Os que ganham acima de 3.582 reais terão alíquota de 27,5%. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo deixará de arrecadar 4,9 bilhões de reais com as mudanças no Imposto de Renda.

3) O governo vai reduzir a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3% para 1,5% ao ano. De acordo com Mantega, essa redução deverá ter um impacto de 4% sobre o spread cobrado pelas instituições financeiras.

4) A cobrança da alíquota do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) mudará. Já a partir de amanhã, quem comprar carros 1.0 será beneficiado com a tarifa zero de IPI. A alíquota para carros de motor até 2.0 será reduzida em 50%. Tais medidas vão vigorar até 31 de maio.

5) Será permitido o empréstimo de dólares das reservas internacionais para empresas brasileiras com dificuldades em negociar suas dívidas no exterior. Essa medida depende ainda da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN).

.Com o plano, a desoneração fiscal total chega a 8,4 bilhões de reais.

2 comentários:

Anônimo disse...

ECONOMIA,A BABEL DOS PETRALHAS

Uns do governo mordem,outros assopram... O QUE É ISSO 2
Meireles, o guardião da nossa moeda tenta segurar o consumo,enquanto outros,OS "MENAS SÉRIOS",os da "marolinha",loucos para "SOLTAR A FRANGA",deflagrar o consumo.

Afinal,o que querem 2

Passar uma mensagem dupla aos agentes do mercado numa hora dessas pode prejudicar,gerar desconfiança, e não ajudar,dando a entender que "ESTÃO BEBENDO NA CABINE DE COMANDO",não sabem o que fazer,ou então sabem:

-TRAZ MAIS UMA "SAIDEIRA"!

Anônimo disse...

Não é bem assim. Os juros continuam altos (e precisam) para atrair compradores os títulos públicos, ainda mais que agora o governo está diminuindo impostos, ou seja vai precisar de mais dinheiro dessa outra fonte. Baixar os juros baixaria também a captação de recursos através dos títulos, logo está correto manter os juros altos. O que está errado é o imenso gasto público, que se reduzido, permitiria aí sim baixar impostos E juros.

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