Pesquisa feita a pedido da Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República, mostra que a maioria dos cidadãos tolera a prática do nepotismo: 50,3% admitiram que, se pudessem, contratariam parentes. Da parcela de servidores públicos entrevistados, 32,1% disseram o mesmo.
. O levantamento foi feito pelo professor Ricardo Caldas, da UnB (Universidade de Brasília), entre março e junho. Foram ouvidas 1.767 pessoas de várias profissões de todo o país e 1.027 servidores públicos de seis Estados (SP, MG, PA, PB, PR e RJ) e do Distrito Federal.
. Do total de funcionários públicos entrevistados, 8,5% disseram ter obtido o cargo por meio da indicação de um parente; 16,2%, por meio de contatos políticos; 12,1% por indicação de amigos e 44,3%, por concurso público.
. Para 37,5% dos próprios funcionários, os serviços públicos oferecidos no Brasil são "semi-profissionais". Um total de 18,2% escolheu "amador" como resposta, e apenas 26,7% disseram considerar os serviços públicos profissionais.
. Quando questionados sobre ética profissional, 51,3% dos servidores responderam que se consideram éticos, contra 22,3% que disseram ser "às vezes" e 18,6% que responderam não. A pesquisa fez várias simulações. Numa delas, a pergunta era: "se o senhor tivesse um cartão do governo [corporativo], o senhor gastaria em despesas pessoais?". 11,5% responderam que sim, contra 58,3% que disseram não; 30,2% não souberam responder.
. As informações acima são da Folha de S.Paulo.
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