Até agora o setor de bens de capital (máquinas que produzem produtos) não está sendo seriamente afetado pelo cenário de instabilidade, mas a Abimaq, entidade que representa o setor, só saberá ao certo os efeitos colaterais da crise no início de 2009, dentro de dois meses. Foi o que a Abimaq mandou informar a esta página nesta quarta-feira a tarde.
. Eis o que mostram os dados pesquisados pela entidade:
1) no período de janeiro a setembro de 2008, o consumo aparente (produção+importação-exportação) totalizou R$ 69,8 bilhões, contra R$ 51,7 bilhões registrados em igual período do ano anterior, representando um crescimento da ordem de 34,9%.
2) o faturamento nos nove meses de 2008 atingiu R$ 57,9 bilhões, ficando 27,6% superior ao exercício anterior.
3) os pedidos em carteira mantiveram-se na faixa de 19,29 semanas para atendimento, em média, superando em apenas 0,6% o verificado no período de janeiro a setembro de 2007.
4) até o momento, apenas as indústrias que atendem ao setor de açúcar e álcool receberam pedidos de adiamento de 90 dias para entregas de equipamentos, assim como as fabricantes de máquinas rodoviárias, que começam a sentir a redução de pedidos. Em outubro, no entanto, o cenário mudou. No âmbito dos segmentos de petróleo e gás, siderurgia e de papel e celulose, as empresas compradoras de bens de capital, com poucas exceções, estão mantendo os pedidos.
5) o que começa a ser sentido é o adiamento de investimentos que ainda não haviam saído do papel.
- O caso das exportações é bem mais otimista. O setor de bens de capital sentiu certo alívio com a valorização do dólar ante o real. 1) as exportações de máquinas e equipamentos irão a US$ 12 bilhões. No período de janeiro a setembro de 2008 houve um crescimento das exportações de 17,9%, em relação a igual período do ano anterior, totalizando em valores U$ 9,26 bilhões. 2) o dólar mais caro, refreará o crescimento das importações, que de janeiro a setembro de 2008 cresceram 48,5%, totalizando US$ 16,4 bilhões.
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