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Abandonado, e essa história já foi contada, Blau não tinha memória dos cheiros de sua nova vida. Agora, tudo que ele tinha era medo, vergonha, um vago sentimento de culpa pelo próprio abandono e, do outro lado da rua, o olhar fixo de um cão que ele não sabia se chamar Bénya Krik.
Sem sustentar o olhar de Bénya, Blau desceu do lixo em que fora largado e começou a andar em frente. Em silêncio, quase ao compasso da música que ganhava intensidade, seguiram cada um de um lado da rua, até o momento em que Bénya parou.
Pararam quando …
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