Quando Maria me contou que estava grávida, qualquer movimento seria uma demasia. Quando ela disse que era um menino e que seu nome seria José, saí caminhando.
Caminhei caminhos que não lembro e cheguei na praça da minha infância. Sentado no mais amigo dos bancos, olhei para o céu e procurei em vão os caminhos do meu filho. Ofuscado, baixei a cabeça, respirei, não rezei, pensei “a vida é assim” e amei José profundamente.
No trajeto de volta para casa, no reflexo das vitrines, vi a pressa eufórica de voltar para abraçar Maria. Abraçados, choramos de soluçar.
Tudo isso foi um dia…
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