Hoje é segunda-feira. Sábado, no enterro de minha mãe, conheci seu psiquiatra.
Homem discreto, gestos contidos, chegou cedo e usava um chapéu Panamá. Abraçou carinhosamente meu pai, perguntou pelos filhos e foi embora – tão silencioso como havia chegado.
Sempre soube de sua existência, nada mais. Nenhuma palavra ou comentário, apenas a vaga informação que ele a tratava desde sempre. Na única vez em que foi chamado às falas, papai respondeu com voz baixa e sem levantar os olhos da leitura:
– Deixa assim, faz bem pra sua mãe.
Nunca, nenhuma pergunta sobre esse tema recebeu alguma resposta.
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Vitor Bertini/ https://ahistoriadasexta.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com// bertini.vitor@gmail.com
4 comentários:
Quem é a cria desnaturada, que se importava tanto com a sua mãe, era o Bertine mesmo em "mea culpa"?????
No primeiro do primário, aos 6 anos, eu já escrevia textos melhores do que esse. Você não tem o direito de me enganar e de me fazer perder tempo com uma coisa desinteressante e despropositada dessas.
Estou chorando até agora...
o tempo perdido.
Muito bom! 👏🏼👏🏼👏🏼
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