O Dia Mundial da Saúde Mental, que ocorre neste domingo, marca a importância de ter um olhar atento e sem estigmas para o assunto.
A reportagem tem edição da jornalista Nídia Franco, Agência Brasil. Leia o texto completo:
O retorno às atividades presenciais já é uma realidade para muitos trabalhadores que ficaram em casa na época mais crítica da pandemia. Com a retomada, no entanto, algumas pessoas têm manifestado o que se conhece como ansiedade social. O medo da contaminação e a perda da habilidade de convívio são aspectos que podem explicar, neste momento, essa questão de saúde mental.
“A apreensão, o desconforto, aquela sensação de evitação, é muito comum para quem está retornando. [É preocupante] quando essa ansiedade passa a ser muito intensa, a ponto de gerar reações físicas muito desagradáveis, muito intensas, que não passam a partir do primeiro contato”, explica Flávia Dalpicolo, professora do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).Flávia, que é também psicóloga, explica que os sintomas são similares aos da ansiedade por razões diversas, como apreensão, alteração no padrão de respiração e elevação da frequência cardíaca. “Só que [está] direcionada às situações que envolvem contextos sociais, ou situações envolvendo contextos de avaliação de exposição, ou ainda as situações que envolvem um volume maior de pessoas, ou mesmo qualquer situação, mesmo que seja um contato mais íntimo, mas que exista a possibilidade de uma avaliação [externa].” A professora acrescenta que a ansiedade social costuma ser mais frequente em pessoas que já vivenciaram situações na história de vida em que foi exposta ou ridicularizada, como casos de bullying, ou que têm habilidades sociais deficitárias, como timidez ou introversão.
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