Dados da Cielo indicam continuidade da recuperação econômica iniciada em maio

Primeiros indicadores de julho apontam para continuidade da recuperação econômica iniciada em maio. 

Os dados semanais da Cielo reforçam que a atividade econômica do país segue ganhando tração neste início de terceiro trimestre, sobretudo no comércio varejista, com o segmento de supermercados apresentando aceleração em relação a junho e o de vestuário mantendo a trajetória de recuperação – ainda que siga distante do patamar anterior ao do início da pandemia. Já o setor de serviços mantém-se como o mais afetado pela crise e se recupera de forma bastante gradual.

Esses dados estão em linha com o aumento da confiança nesses setores, observado nas prévias das sondagens empresariais da FGV, que foram divulgadas nos últimos dias

2 comentários:

Anônimo disse...

O pato está murcho, não mexam com o pato:

FERNANDO BRITO · 23/07/2020 - O Tijolaço

A Folha obteve, agora cedo, dados preliminares da Receita Federal que – ao contrário do discurso de que “a economia está se recuperando – indicam uma queda na arrecadação federal na ordem de 30% em junho, em linha com a retrações de março e abril, sempre na comparação com a verificada um ano antes.

Claro, isso era previsível e deveria estar sendo enfrentado de modo prudente pelo governo. Mas não está e poucos duvidam que vão ficar muito para baixo do real as previsões oficiais de um déficit de R$ 800 bilhões nas contas federais, o que elevará o rombo para perto de incríveis 10% do Produto Interno Bruto. Mais, se considerada uma queda expressiva do próprio PIB.

O que se vive no Brasil, hoje, é um verdadeiro pandemônio orçamentário, sem qualquer clareza do que estão sendo despesas – crescentes e prementes – e receitas, em queda por prazo ainda incerto.

É inacreditável que, em meio ao caos arrecadatório, se esteja falando em uma mal-ajambrada reforma tributária, que desagradou a todos – exceto, como sempre, aos bancos – com uma ameaça de elevação de carga tributária e uma contraditória promessa de desoneração das folhas de pagamento de obrigações previdenciárias, que não deu certo no governo Dilma e que vem de ser vetada há um mês pelo presidente da República para nada menos de 17 importantes setores da economia, como os call centers, a construção civil, a indústria têxtil e os serviços de transportes.

O que está sendo feito é pretender reformar as estruturas econômicas da “casa” estatal em meio a um terremoto que não se sabe quando irá terminar, em lugar de usar a política tributária para equilibrar os setores mais atingidos e de mais difícil recuperação, como seria o óbvio. Taxações patrimoniais, progressivas, como as sobre apropriação de lucros e dividendos, limites nas renúncias tributárias no IR e tributação extra aos bancos fariam muito mais efeito, sem aventuras nos impostos, que podem tumultuar mortalmente setores inteiros da economia, sem tempo de consertar, por já abalados.

É pior que a reforma previdenciária que prejudicou a todos (ou quase todos, porque os militares só tiveram ganhos) e não resolveu nem minimamente o déficit previdenciário, aumentado geometricamente com o desemprego.

Paulo Guedes está às vésperas de provocar um desastre maior que o da pandemia.

Anônimo disse...

Governo estima rombo de quase R$ 800 bi nas contas públicas neste ano:

Economia 22.07.20 - O Antagonista

O Ministério da Economia informou nesta quarta-feira, 22, que o rombo nas contas públicas do governo federal em 2020 deve chegar a R$ 787,4 bilhões.

O resultado seria o pior da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. Segundo a pasta, a maior parte do aumento de gastos se deve ao combate à pandemia do novo coronavírus.

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