O caso do
leite no Rio Grande do Sul vem se tornando exemplar. Apesar da atuação das
autoridades, especialmente do Ministério Público (MP), no combate às fraudes,
elas persistem. O Jornal do Comércio vem mostrando, desde 2013, em grandes
reportagens de Marina Schmidt, fraude atrás de fraude no setor lácteo: 66
pessoas foram presas, 151 denunciadas pelo MP e 16 condenadas pela Justiça por
adulteração do leite e organização criminosa, enquanto indústrias já pagaram R$
10,5 milhões em indenização. Mas as adulterações continuam. Na verdade, deve
ser muito rentável, para tanto risco. O subprocurador-geral de Justiça para
Assuntos Institucionais do MP, Fabiano Dallazen, escreveu: "A lucratividade
da fraude é tão grande que, mesmo diante da forma como estamos fiscalizando,
rigorosamente, todas aquelas pessoas que estão envolvidas arriscam. Ainda vale
a pena arriscar, tal o lucro que vem dessa questão da adulteração do
leite".
Na 11ª fase da operação, até um representante de entidade de
classe do setor foi preso, o secretário do Instituto Gaúcho do Leite (IGL),
criado exatamente para garantir a qualidade do produto. Além de encontrar
coliformes fecais no leite e produtos vendidos pelos laticínios Roesler e
Campestre, o Lanagro, laboratório do Ministério da Agricultura, descobriu
adição de água, água oxigenada, amido de milho e ácido sórbico (bactericida e
fungicida) para aumentar o volume e a validade do leite de cabra e queijos.
8 comentários:
é a prova de que esse país nao tem mais solução...
quem ainda acredita nessa joça só pode ser maluco...
enquanto a Justiça apurava o roubo do mensalão os caras continuavam roubando no petrolão e no eletrolão...
com a Lava Jato a pleno vapor, um sujeito, conselheiro do Carf, e que não deve ter um salario ruim, foi pego pedindo propina...
desistam...quem puder, faça as malas...
Rogério Mendelski (Correio do Povo, dia 07/julho/2017)
LEITE ADULTERADO
Essa gente que adultera leite, queijo e água mineral não se endireita por que sempre aposta na impunidade. Mesmo que as autoridades estejam no seu encalço desde maio de 2013. Lá se vão, portanto, 11 operações na caça de um pessoal desonesto que viu na adulteração do leite industrializado uma maneira de ganhar dinheiro fácil.
“A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal, informa o Ministério Público gaúcho em seu site. A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia - produto que contém formol em sua composição - e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS)” – o texto com aspas foi publicado na imprensa no dia 08 de maio de 2013.
Dirigentes de empresas foram presos, alguns condenados,mas assim mesmo, outros dirigentes e transportadores de leite continuaram com a fraude sabendo que estavam cometendo crime hediondo, cuja pena para quem for condenado vai de 10 a 15 anos de reclusão.
Entender como funciona esse tipo de bandidagem contra os consumidores é bem simples: “vamos continuar adulterando o leite por que vale apena correr o risco já que a fiscalização não pode ser tão eficiente como a que chegou até nós”. Pois bem, depois daquela operação de maio de 2013, outras 10foram desencadeadas e os adulteradores não arrefeceram suas intenções.
Por quanto tempo os gaúchos e catarinenses beberam leite adulterado com a adição de produto cancerígeno como o formol? Era só o leite ou também o produto foi utilizado em derivados como manteiga, iogurte, queijo e tantos outros? Desde 2013 as investigações constataram a adulteração e se algumas foram flagradas, prisões e confisco do leite adulterado não intimidaram“empresários” mais audaciosos que apostaram no risco da continuidade da fraude.
Se esse tipo de crime hediondo fosse cometido na China,os adulteradores de leite estariam condenados à prisão perpétua ou já teriam um novo endereço no cemitério mais próximo, pela pena de morte.
Sou gaucho mas moro em Florianópolis e não compro mais nenhuma marca de leite gaucho.
Infelizmente
Isto é para comprovar a "ética" do povo gaúcho. O produto NUNCA deveria ser adulterado. Mas o "ético" gaúcho adultera e, mesmo fiscalizado, continua adulterando. Vamos esperar o quê do futuro deste Estado, com gente com estes pensamentos... (Ah! e a culpa é sempre, exclusiva, dos políticos, do PT, e outros, NUNCA do povo).
Crime em alimentos deveria ser penalizado em 30 anos de cadeia, porque isso atinge toda a população.
Com essa legislação branda e com a impunidade associada a falta de fiscalização, estimula as fraudes.
No Brasil a fiscalização em todos os setores é um tremendo faz de conta.
Funciona, se a cadeia fosse em REGIME FECHADO por uns 10 anos.
Esta é a pequena e sutil diferença que ninguém toca no assunto.
melhor conseguir leite in natura, e assim mesmo deve-se ter cuidado p/ saber a quantidade de animais produzindo na propriedade..
quanto menos animais tiver melhor..
Tenho por mim que, quem adultera um alimento, inserindo produtos nocivos a saúde, está de fato cometendo genocídio, e deveria ser processado preso e nunca mais, trabalhar com alimentos.
Postar um comentário