Ao crescer 6,9% em 2015, economia chinesa manteve a
tendência de gradual desaceleração, com forte ajuste da indústria e do setor de
construção.
A análise foi feita hoje pelo pessoal da área de avaliação da economia do Bradesco.
Eis o que o editor recebeu há pouco:
A gradual desaceleração da economia chinesa seguiu presente,
de forma controlada, ao longo do ano passado, acumulando expansão de 6,9% ‒
discreta e emblematicamente abaixo da meta de crescimento de 7,0% ‒ após ter
avançado 7,3% em 2014. O resultado do último trimestre do ano passado, em
especial, com alta interanual do PIB de 6,8%, ficou levemente abaixo do
esperado e do registrado no terceiro trimestre (elevação de 6,9%). Na
comparação trimestral, já com os ajustes sazonais, o crescimento chegou a 1,9%
entre outubro e dezembro de 2015, o que implica uma expansão anualizada de
7,8%, acelerando em relação ao terceiro trimestre (7,4%). Vale ainda destacar o
desempenho do PIB nominal dos últimos três meses do ano passado, com elevação
de 6,0%, arrefecendo ante o período imediatamente anterior, quando tinha
mostrado alta de 6,2%. Ou seja, o deflator – bastante negativo no ano passado –
implicou uma expansão mais acentuada em termos reais. Somado aos dados do PIB,
chama a atenção a forte perda de ritmo da indústria e dos investimentos.
A produção industrial registrou expansão interanual de 5,9% em dezembro, abaixo do consenso das expectativas (6,0%) e do verificado em novembro (6,2%). Como comparação, em dezembro de 2014, a indústria tinha subido 7,9%. Os investimentos em ativos fixos, por sua vez, encerraram 2015 com ganho de 10,0%, significativamente abaixo da expansão de 15,7% registrada ao final do ano passado, com desaceleração do setor imobiliário. As vendas nominais do varejo, ainda resilientes, avançaram 11,1% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, praticamente dentro do esperado (11,3%) e do observado em novembro (11,2%). Por fim, não há dúvidas de que a economia chinesa vem perdendo seu dinamismo, puxada pela indústria e pelo setor de construção – cuja expansão chegou a 6,0%. O setor de serviços, por outro lado, tem mantido o ritmo de crescimento – acumulando elevação de 8,3% no ano passado.
Para este ano, entendemos que o setor imobiliário seguirá fraco e o setor financeiro deixará de contribuir positivamente para o PIB – acentuando a trajetória de desaceleração da economia. O alívio das políticas monetária e fiscal continuará presente, de forma a suavizar essa tendência. No entanto, dadas as restrições estruturais acumuladas nos últimos anos, a margem de manobra dessas medidas vem se reduzindo e os ruídos na condução da política economia têm crescido – haja vista os movimentos dos mercados acionários e cambial deste início de 2016 – o que deve manter a volatilidade e as incertezas presentes no cenário. Assim, acreditamos que o PIB deste ano deverá crescer abaixo de 6,0%.
A produção industrial registrou expansão interanual de 5,9% em dezembro, abaixo do consenso das expectativas (6,0%) e do verificado em novembro (6,2%). Como comparação, em dezembro de 2014, a indústria tinha subido 7,9%. Os investimentos em ativos fixos, por sua vez, encerraram 2015 com ganho de 10,0%, significativamente abaixo da expansão de 15,7% registrada ao final do ano passado, com desaceleração do setor imobiliário. As vendas nominais do varejo, ainda resilientes, avançaram 11,1% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, praticamente dentro do esperado (11,3%) e do observado em novembro (11,2%). Por fim, não há dúvidas de que a economia chinesa vem perdendo seu dinamismo, puxada pela indústria e pelo setor de construção – cuja expansão chegou a 6,0%. O setor de serviços, por outro lado, tem mantido o ritmo de crescimento – acumulando elevação de 8,3% no ano passado.
Para este ano, entendemos que o setor imobiliário seguirá fraco e o setor financeiro deixará de contribuir positivamente para o PIB – acentuando a trajetória de desaceleração da economia. O alívio das políticas monetária e fiscal continuará presente, de forma a suavizar essa tendência. No entanto, dadas as restrições estruturais acumuladas nos últimos anos, a margem de manobra dessas medidas vem se reduzindo e os ruídos na condução da política economia têm crescido – haja vista os movimentos dos mercados acionários e cambial deste início de 2016 – o que deve manter a volatilidade e as incertezas presentes no cenário. Assim, acreditamos que o PIB deste ano deverá crescer abaixo de 6,0%.
3 comentários:
QUE ÓTIMA NOTÍCIA. VAMOS PODER NOS LIVRAR DO COMUNISMO E SUA AGENDA. VAMOS PARA O ACORDO DO PACÍFICO, UE, E EUA.
O RESTO É ÁGUA.
E COM NOVO PRESIDENTE É CLARO.
O correto é "haja visto" e não " haja vista". Vamos usar bem o português...
o nº 6,9% é oficial, portanto o tombo deve ter sido muuuiiito maior..
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