Análise, Alberto Carlos Almeida, Valor - O dia a dia da nossa corrupção -

O que cidadãos em geral, empresários e alguns políticos gostariam é que a corrupção no Brasil fosse reduzida. Sonhar não custa nada, há aqueles que desejam que ela simplesmente acabe. Nada é mais comum em época de escândalo da Lava-Jato do que estarmos em conversas sociais, em festas de aniversário, eventos, confraternizações, e dialogarmos sobre a corrupção no país. Com rapidez, surgem afirmações do tipo: que absurdo é a política, quanta roubalheira, o Brasil não tem jeito mesmo, a corrupção é deslavada, me sinto envergonhado, pesam sobre todos os políticos escândalos e denúncias de corrupção.

O diálogo social caminha, com muita frequência, para o nome do juiz Sérgio Moro. Ele é elogiado como sendo exemplo de quem colocará o país nos eixos, como a pessoa e o profissional que mudará a história do Brasil, e então as esperanças de mudança são depositadas na Justiça Federal de Curitiba. Há ainda aqueles que, mais informados, consideram que o fatiamento da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) é um grande revés no combate à corrupção. As realizações de Moro são, para essas pessoas, inebriantes: ele é o cara, somente ele será capaz de fazer justiça.

Em tais diálogos sociais é praticamente impossível levantar um tema correlato, aquele que relaciona a corrupção no mundo político aos pequenos e diários atos de corrupção de toda a sociedade brasileira. Vale aqui um parêntese. A palavra corrupção é aplicada neste artigo de maneira ampla, não caracteriza atos relacionados somente ao setor público, mas também ações moralmente correlatas praticadas na vida diária e no setor privado. Pois bem, a grande questão que o Brasil precisa discutir é até que ponto seremos capazes de combater a corrupção em Brasília, nos governos estaduais, nas prefeituras, se toda a sociedade comete constantemente delitos ou tão somente quebras de regas que são funcionalmente idênticas a um ato de corrupção.

Quem tem filhos menores de 18 anos sabe que há em São Paulo a possibilidade de obtenção de uma carteira de identidade na qual o menor passa a ter mais de 18 anos. O objetivo é simples: possibilitar que o jovem passe a frequentar shows, espetáculos e baladas que exigem a maioridade como idade mínima. É comum que o menor chegue em casa afirmando que todos os amigos já fazem parte de um grupo que vai requisitar esse novo RG e que, se ele não for parte desse grupo, será discriminado e, mais grave, não poderá ir aos mesmos lugares que seus colegas passarão a frequentar. Ora, se os pais sabem que isso acontece, é bem provável que as autoridades policiais e judiciárias também saibam. Adicionalmente, os pais acabam por aceitar a demanda de seus filhos tornando-os todos, pais e filhos, transgressores e cúmplices. Cabe a pergunta: nossos deputados federais não são, ao fim e ao cabo, bons representantes de nossos atos?

Circula também a informação de que há transgressões da mesma natureza no relacionamento comercial denominado "business to business". Quando uma empresa fornece serviços para outra empresa há, em geral, algum tipo de concorrência. A empresa contratante solicita propostas de diversos fornecedores, uma proposta técnica, com as especificações do serviço, e também e obviamente o preço. Afirma-se que, em muitos casos, a empresa contratada é aquela que paga alguma coisa para os que têm o poder de decisão na empresa contratante. Utiliza-se, inclusive, um nome simpático e inofensivo para isso: chama-se "deu bola", ou "pagou bola". Cabe buscar saber quão disseminado é esse procedimento. Certamente, muitos de nós já ouvimos falar dele. De novo, aqui se aplica a pergunta: nossos deputados federais não são, ao fim e ao cabo, bons representantes de nossos atos?

Recentemente, foi feita uma pesquisa entre 1.100 alunos do ensino médio e superior, pessoas de 16 a 30 anos de idade, de ambos os sexos, e se constatou que 69% já haviam colado em provas, 68% já tinham copiado textos da internet para colocar em trabalhos e 59% já haviam assinado a lista de presença em nome de colegas. Mais da metade já tinha marcado a presença para outra pessoa. Qualquer semelhança com o que ocorre em Brasília não é mera coincidência. É aqui que entram nossos representantes. É lamentável constatar, mas eles nos representam fielmente - inclusive Fernando Collor, por mais que isso nos cause indignação.

É possível que o mesmo estudante que tenha marcado a presença para um colega venha a se tornar político, talvez vereador ou deputado estadual - não precisamos chegar em Brasília. Se ele se tornar um representante do povo, já terá cometido transgressões em sua vida social, pequenos ilícitos ou quase ilícitos. A partir daí, um pequeno passo o impede de fazer o mesmo dentro da administração pública: a chance de fazê-lo e a percepção de que não haverá consequências para sua carreira.

Nós, brasileiros, temos imensa dificuldade para cumprir a lei, cumprir regras. Essa dificuldade tem a ver com a forma como entendemos as relações entre Estado e sociedade e a genealogia das leis. No Brasil, o Estado é visto como um ente inteiramente separado da sociedade. O Estado é uma coisa e a sociedade é outra. São coisas estanques, separadas, que se relacionam, sim, mas que funcionam com suas próprias lógicas. Procure prestar atenção a seus diálogos com filhos e amigos para ver como você se refere ao Estado, e como se refere à sociedade. Nossa visão cultural é diferente, por exemplo, da que têm os americanos, que veem os dois entes como superpostos, entrelaçados e entranhados um no outro. Para eles, não há um Estado lá e uma sociedade aqui, mas há os dois conjuntamente.

O passo seguinte, como vemos o nascimento das leis, tem a ver com isso. Para nós, leis e regras foram feitas por pessoas longe de nós, aqueles "carinhas lá", que fizeram isso para nos prejudicar, para nos f#$%. Foi exatamente esse o argumento dos motoristas quando a velocidade máxima foi reduzida a 50 km/h em várias vias de São Paulo. Virou lugar comum afirmar que "aqueles caras querem prejudicar a nós, os motoristas". Ou: "Eles não sabem quais são nossas reais demandas, não sabem como nossa vida já é difícil, aí, eles, que estão lá longe, no Estado, decidiram por uma regra que prejudica a nós, aqui na sociedade". Muitos imaginaram estratégias para burlar a lei, sendo a mais fácil e óbvia acelerar muito entre os radares e diminuir para 50 quando se aproximassem os controles.

O resultado dessa visão de mundo é que a lei desfruta de pouca legitimidade no Brasil. As pessoas são reticentes em cumpri-la, e quando o fazem ficam de olho na primeira possibilidade de transgredi-la. Há aqueles que, diante disso, argumentam simplesmente que não cumprem a lei porque os outros não o fazem. Nesse cenário, cumpri-la seria um ato de otário. Ora, há uma questão que antecede: provavelmente, a mesma pessoa que utiliza o argumento de que os outros não cumprem a lei não vê legitimidade na lei, não considera legítima a maneira com que se chegou a ela. De novo, não custa repetir, a lei tende a ser vista como algo feito por "aqueles caras lá", no governo, que não sabem das dificuldades que passamos, aqui na sociedade. Eis a justificativa perfeita para não cumprir a lei.

Minha suspeita é que a corrupção é muito disseminada. Não acontece somente em Brasília, é grande nas prefeituras e nos governos estaduais, nas assembleias legislativas, nas câmaras de vereadores, em suma, em todo o setor público. Ocorre em secretarias municipais, em empresas públicas, e muitos órgãos da administração pública. Também suspeito que o procedimento de "dar bola" seja muito disseminado entre empresas clientes e fornecedoras, assim como é avassalador o desrespeito às leis do trânsito, o simples furar o sinal vermelho.

É fácil enxergar o que fazem os políticos em Brasília e defender que eles sejam punidos. Eles estão longe, são "aqueles mesmos carinhas lá" que fazem as leis. Difícil é ver quando nós mesmos não seguimos as regras e leis. Não somos capazes de ver, e quando o fazemos, temos uma boa justificativa, da mesma maneira que as têm os políticos em Brasília. O desafio é identificarmos nossas transgressões e as combatermos.

Diante desse cenário, Sérgio Moro é importante, mas não resolve. Ele é importante porque as investigações que chefia estão tendo impacto sobre o funcionamento do sistema político e também sobre a atividade econômica, mas a solução para a redução da corrupção é bem mais ampla. O mensalão ocorreu em 2005 e o julgamento foi em 2012. Políticos muito poderosos já perderam seus mandatos e alguns nunca voltaram a ser o que eram antes - casos de José Dirceu, o todo-poderoso ministro da Casa Civil, e de Ibsen Pinheiro, que havia sido presidente da Câmara dos Deputados. É possível citar muitos outros. Nada disso impediu que as práticas sociais continuassem em Brasília e em outros níveis do setor público.

Alguns dirão que os políticos não foram presos em número suficiente, que é preciso prender ainda muitos talvez, até que se deem conta de que a corrupção é deletéria para suas vidas pessoais e carreiras. Pode ser. Difícil é saber quantos terão que ser punidos, ou a proporção que terá de ir para atrás das grades antes que haja sinal de redução da corrupção.

Fica aqui a reflexão: pode ser que todo o esforço da Justiça seja inglório se a sociedade não mudar, se todos os brasileiros, e não apenas os políticos, não passarem a respeitar mais as lei e as regras.


*Alberto Carlos Almeida, sociólogo e professor universitário

18 comentários:

Anônimo disse...

Bem, depois que o pmdb fez aquela propaganda só para enganar a torcida,
sabemos de que lado estão. Vai continuar e piorar tudo.

Anônimo disse...

Políbio, tu censuraste o meu comentário, onde eu disse que era um absurdo colocar, TUDO que a quadrilha mais corru(PT)a está fazendo, novamente, NO LOMBO DO POVO????

Anônimo disse...

Pt destruiu o país,este ano Brasil passa a ser o mais endividado entre os emergentes

Anônimo disse...

País este ano passa a ser o mais endividado entre os emergentes, pt- perda total

Anônimo disse...

O Dops de Moro

Fernando Brito - 18/10/2015

Levantamento minucioso do repórter Felipe Bächtold, na Folha de hoje, traça de maneira extremamente crua o que se tornou o mais importante caso judicial do país.

“Pelo histórico das quase cem prisões efetuadas pela Operação Lava Jato até hoje, restam poucas alternativas aos 28 investigados que continuam presos no Paraná para sair da cadeia: firmar acordos de delação ou aguardar um posicionamento do STF (Supremo Tribunal Federal).”

Inauguramos, sob o comando de Sérgio Moro, seus promotores “missionários”, um novo modo de fazer investigação policial e judicial, antes só praticado, 30 anos atrás, em delegacias do sertão, onde o “seu dotô juiz” mandava deixar suspeitos “em cana” até que “abrissem a boca”.
Ou, pouco antes, com ou sem os requintes sádicos da tortura, nos tempos em que a “guerra à subversão” justificava os atropelos, como agora se faz com a corrupção.

“O caminho mais rápido para sair da cadeia tem sido a assinatura de colaborar com as investigações. Cinco presos preventivamente saíram do regime fechado após se tornarem delatores. Os 28 presos estão, em média, há sete meses na cadeia.”

A mídia e o clima que se criou no país tornou, além do clima corporativo que dominou o Judiciário e o Ministério Público, de fato tornaram praticamente irrevogáveis as prisões do Doutor Moro pelos tribunais superiores. Mesmo quando manifestam alguma reserva de consciência, apelando para argumentos como “a gravidade dos fatos” ou “a possibilidade de interferir nas investigações”, qual é o juiz que vai mandar por os acusados em liberdade, mesmo monitorada, para ser “acusado” de leniência com empreiteiros ou vítima de suspeitas de ter sido, também, corrompido?

Nem mesmo a OAB tem ânimo para protestar com a devida veemência, embora seus integrantes, em comentários, critiquem o abandono das regras do Direito. Críticas abertas, em geral, só mesmo dos advogados de acusados. E as histórias escabrosas, como a da ex-famosa Doutora Beatriz Catta Preta e sua transferência para Miami, desaparecem rapidamente da mídia.

É totalmente diferente de querer impunidade e, em matéria de poder, influência e caráter, ninguém poderia atrapalhar mais investigações que Eduardo Cunha que, no entanto, está massacrado pela evidência das provas, sem que para isso se tenha de ter entrado no pantanoso terreno das “suposições”.

Daniel Dantas também os tinha e, nem por isso, Gilmar Mendes deixou de conceder-lhe imediatos habeas corpus, anulando as ações de juiz de primeira instância diante de um flagrante de tentativa de corromper policiais.

Prisões de seis meses sem sentença sequer de primeira instância, sob qualquer ângulo do Direito que se observe, é uma abominação jurídica. Com o fim indisfarçado que possuem, o de arrancar delações, o que é isso senão os métodos medievais a que se referiu, em tempos esquecidos, o Ministro Teori Zavascki?

Xi, editor e titias do blog, os advogados dos presos provisórios "ad eterno" do juiz moro deveriam impetrar HC com o Mininstro Gilmar Mendes, é solto na hora e a midia marrom glace fica de biquinho calado.

elton disse...

Digo que este país não tem mais jeito, e não adianta trocar todos os políticos, pois a corrupção está no "DNA" do povo. O político é somente uma amostra do eleitor que votou nele. Troquem os eleitos pelos eleitores e tudo continuará do mesmo modo, surgindo a oportunidade, vão roubar também....

Anônimo disse...

SÓ que agora a população não fica mais presa ao JN e FANTÁSTICO para ter alguma mudança e informação os tempos são outros.

Anônimo disse...

O editor poderia ter publicado este artigo, mas ao mesmo tempo deveria ter alertado ao seus leitores, em que pese ter um conteúdo de verdade, mas na realidade, neste momento é o discurso dos petralhas e da esquerdalha, ou seja, a corrupção não é culpa do pt e do projeto criminosos de poder, o problema é que somos todos corruptos, é este o discurso que serve para aqueles que querem se manter no poder e continuar praticando a sem-vergonhice ao limite do infinito. Este argumento deplorável, aliás, utilizado desde o início nas primeiras denúncias de corrupção do pt, mensalão é caixa dois e todo mundo faz, na Lava-jato, sempre houve corrupção e propina no estado brasileiro, e aqui no RS uma jornalistazinha da RBS escreveu um artigo, quase um editorial, em que afirma que a culpa é de todos nós, pois somos todos corruptos. Esta tática de se fazer de isento e bonzinho e uma espécie de mea culpa envergonhada, é muita velha é antiga, de nivelar todos por baixo, para assim tornar-mos todos iguais e ao mesmo se justificarem e se auto absolverem. É obvio que a sociedade brasileira, pelo seu histórico e também em conseqüência de sua formação como nação, é a um mesmo tempo vítima e algoz destas mazelas, infelizmente são práticas condenáveis que se estabeleceram em todos os níveis sociais, mas a partir destas considerações fazer uma tese sociológica de que a origem de todo o mal está nos seio da sociedade e de muita ma-fé, principalmente, repito, no momento em que aqueles, em que a intelectualidade e a academia
brasileira colocavam como a força redentora da nação, patrocinam a mais sórdida trama de assalto aos cofres públicos e aos valores éticos, e não é coincidência que o articulista seja membro desta elite intelectual e acadêmica, e exatamente na área da ciências humanas, onde está o berço e a meca do esquerdismo nacional, que tanto se identificou com este partido detentor do poder há 13 anos. É o debate que lhes interessa, pois ao contrário do que eles nos afirmam com este diagnóstico sobre a sociedade, não servirá para a melhoria da doença, que com tanta convicção eles reafirmam, pois o remédio ou não é indicado por eles, ou a solução é inatingível, pois como num passe de mágica, se instaurasse a moralidade. Mas não vou ficar como o inteligente articulista e vou dar minha opinião sobre o que deva ser feito, apelando para clichê, mas verdadeiro, se queremos curar a sociedade o primeiro mandamento é de que o exemplo vem de cima, com a repulsa pelos conchavos, a punição dos bandidos, a queda deste governo corrupto, e como símbolo deste exemplo que deva ser seguido como paradigma da nação, o juiz Sergio Moro. E não por acaso este é tão atacado e ofendido pelas hostes petista e governistas e por aqueles que querem manter o status quo. Basta dar uma espiadinha para verificar-se o que escrevem a respeito do juiz Moro, os companheiros e os blog sujos. Mas também muito importante para o início de algum projeto de nação com o mínimo de decência, é condenar ao ostracismo os cientistas sociais cínicos e comprometidos e nos desvencilharmos de suas ideologias de compadrio acadêmico.
Pedro Z

Anônimo disse...

ESTA TAMBÉM É UMA HORA QUE TEMOS QUE CUIDAR DOS FALSOS MORALISMOS.

PODE TAMBÉM SER UMA ESTRADA PERIGOSA, POIS PEQUENOS ATOS PODEM DAR SUSTENTAÇÃO PARA LIVRAR PESSOAS E ORGANIZAÇÕES DE GRANDES ATOS IMORAIS.

O FIO DESTA NAVALHA É DEVERAS AFIADO.

Sheila disse...

Eu discordo que os pequenos delitos inocentes do cidadão legitimem uma corrupção da magnitude de Petrolão e Mensalão...Tipo: se o povão comete essas pequenas infrações (colar em prova, etc) então não teria moral para criticar a corrupção dos políticos larápios do Erário e deveria ficar quieto, por que tem culpa no cartório, e deixar por isso mesmo. Discordo totalmente. Os hospitais e escolas que faltam, especialmente aos mais pobres, não é culpa minha pelo fato de eu ter colado numa prova.

Anônimo disse...

É um absurdo querer colocar DE NOVO, nas costas do povo uma roubalheira gigantesca como essa quadrilha corru(PT)a e sectária está promovendo. É uma DESONESTIDADE INTELECTUAL. Se a MAIORIA DO POVO brasileiro não fosse de pessoas HONESTAS, TRABALHADORAS e CUMPRIDORAS dos seus deveres não existiria essa 'dinheirama' toda para ser roubada !!! Me indignei com esse artigo.

Anônimo disse...

Se o povo brasileiro fosse tão ruim assim, não teria tantos bilhões para os corru(PT)os ROUBAREM. O jornalismo brasileiro está abaixo da crítica, quando não está coo(PT)ado falta-lhe conhecimento e saber !!!

Anônimo disse...

Confirmando o que eu havia escrito, o energúmeno da 17:37, que sempre aparece por aqui, pois deve ser pago para isto ou detentor de algum Cargo Comissionado em algum órgão público comandado pela organização criminosa, ataca o Juiz Sergio Moro, comparando suas ações e decisões ao departamento de tortura da ditadura militar, tese esta que nem original é, porque petista e esquerdista não pensa, apenas repete as ordens superiores como um mantra. Mas ao mesmo tempo serve para lhes desnudar o caráter, vestem a pele de cordeiro, se colocam como vestais e de defensores dos direitos fundamentais dos cidadãos, posando, ou pousando como diria aquele besta Sociólogo do Emir Sader( mas bem remunerada pela petezada), de fiscais do estado democrático de direito, a conhecidíssima retórica dos rábulas de porta de cadeia na defesa de seus clientes bandidos. Eles costumam invocar a legalidade, o primado dos direitos e garantias constitucionais quando são pegos com a boca na botija, pois para praticarem seus crimes, seja os de colarinho branco ou do banditismo comum, não há lei, não há autoridade que os impeça, e no caso dos bandidos engravatados de Brasília, atentam contra a democracia, o estado democrático de direito, tripudiam em cima da Constituição, como bem definiu-os o Ministro Celso de Mello, são os marginais do poder, e desta forma se pronunciou:” É preciso dizer que o ato de corrupção é um gesto de perversão da ética do poder e da ordem jurídica", afirmou."Esses atos significam tentativa imoral e ilícita de manipular criminosamente à margem do sistema constitucional o processo democrático, comprometendo-lhe a integridade, conspurcando a pureza e suprimindo a legitimidade". Pois são os defensores desta gente que do alto da sua imoralidade invocam e atacam o Juiz Sergio Moro, o dotô, que ousou, este sim a enfrentar os coronéis modernos que tem suas próprias leis, como os chefes dos morros, e mandam no delegado da província. Os modernos coronéis, não agora latifundiários nem o das indústrias, mas das empreiteiras, dos donos de sindicatos, da nomenklatura do partido do governo e seus tesoureiros, liderados todos pelo grande chefe supremo inimputável e inatacável, o maior mito da esquerdalha , a síntese perfeita do Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.
Pedro Z

Anônimo disse...


Terra sem-lei, faroeste caboclo.
Quem é o babaca, o trouxa que vai cumprir
regrinhas?
Salve-se quem puder, fo@#-&* o resto.

Anônimo disse...

E eu discordo de fazer vistas grosa para aqueles que cometem pequenos delitos. Os delitos são proporcionais a posição social que o individuo ocupa na sociedade, anonimo das 21:48. Por isso a classe politica é um espelho daquilo que acontece no dia-a-dia da vida das pessoas.

Anônimo disse...

Anônimo das 11:10h 19/out. Para bom entendedor 1/2 palavra basta. O senhor(a) não entendeu nada. Talvez se desenhasse ou escrevesse em mandarim ou em russo, o senhor(a) entenderia !!!

Mauro de Curitiba disse...

O autor desse artigo tenta fazer o jogo do PT, ao tentar provar que a corrupção dos políticos e, principalmente, do PT, está no DNA do povo brasileiro.
Endossa a atrevida afirmação de Dilma, quando diz que ninguém tem moral para acusá-la de qualquer malfeitoria.
Está errado, cara pálida. Seu argumento é sólido como um furo na água.
Nunca falsifiquei carteira de estudante, minha TV a cabo é legal, não compro produtos falsificados ou produtos de roubo, devolvo troco quando recebo a mais (é uma questão humanitária, pois penaliza um funcionário que vive do seu salário), atestado médico falso nem pensar, subornar o guarda acho uma desonra, comprar sem Nota Fiscal estou fora e colar em prova nunca precisei, pois sou adepto do estudo e sempre dei o melhor na provas.
Portanto, quebrar uma petroleira, desviar verba de merenda escolar, arrebentar com as finanças do setor energético, mandar dinheiro do BNDES para ditaduras estrangeiras, abrir representações diplomáticas em países sem importância diplomática ou comercial para o Brasil, promover um programa indecente como o Mais Médicos para financiar Cuba, etc, etc, antes do PT nenhum dos nossos corruptos de estimação jamais fez. Só mesmo sob o gestão dos petralhas.
E você quer dizer que eles fazem tudo isso porque quando estudantes colavam nas provas?
Quando jovens subornavam os guardas e hoje quebram a Petrobrás?
Porque compram mercadoria sem Nota, hoje desviam dinheiro das estatais e praticam estelionato eleitoral para permanecer no ppoder?
E, pior de tudo, o máximo da mentalidade corrupta, estão transformando o Brasil numa Venezuela porque na juventude falsificavam carteirinhas de estudante?
O autor do artigo pode ou não cometer ou ter cometido esses ilícitos, mas com certeza é um agente do mal.

Anônimo disse...


Pedro Z e Mauro de Curitba: "fecho com vocês" -- estes PeTralhas que estão aparecendo por aqui, precisam publicar suas idiotices no 247...

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