Durante coletiva de imprensa realizada esta manhã, a Santa Casa anunciou que serão cortados 118 leitos hospitalares (17,35% do total),
4.312 internações (16,76%), 50.894 consultas eletivas (18,14%), 3.318
atendimentos no pronto atendimento (5,70%) e 3.387 procedimentos
cirúrgicos/obstétricos ao ano.
Durante entrevista coletiva concedida esta manhã, a Santa Casa de Porto Alegre anunciou que reduzirá seus atendimentos pelo SUS. É uma
tentativa de reequilibrar as dívidas — agravadas, no início deste ano, quando o
governo do Estado anunciou o corte de R$ 500 milhões no orçamento da saúde.
Dessa verba, R$ 300 milhões são do chamado cofinanciamento, e seriam utilizados
para diminuir o déficit atual da rede de hospitais filantrópicos e Santas
Casas, que passa dos R$ 400 milhões.
No ano passado, dos R$ 250 milhões referentes ao
cofinanciamento, o valor recebido do governo estadual pela Santa Casa de Porto
Alegre foi de R$ 15 milhões. Um valor próximo, mas não estimado, deixará de ser
repassado neste ano em função do corte do governo Sartori.
Ainda com o redimensionamento nos atendimentos ao SUS, a
previsão da Santa Casa é de fechar o ano com prejuízo de R$ 70 milhões, valor
que a direção está disposta a arcar "até que os gestores públicos
encontrem uma solução definitiva".
— O que a Santa Casa não pode mais é se responsabilizar com o déficit
institucional que chegou a R$ 102 milhões em 2014. Isso é insustentável —
afirmou o diretor-geral de Relações Institucionais da Santa Casa, Dr. Júlio
Dornelles de Matos.
Nas últimas décadas, houve significativa redução do financiamento
do sistema pela União (que tem a maior arrecadação), e a consequente
responsabilização do Estado e municípios pelo custeio dos serviços.
Além disso, também contribuem para o déficit o alto valor
de alguns procedimentos, que têm apenas parte financiada pelo SUS. Conforme o
diretor-geral, a cada R$ 100 empregados pela instituições nos convênios e
contratos do SUS, o sistema remunera apenas R$ 63. Outro exemplo citado são as
diárias em leitos de UTI, que custam em média R$ 1,5 mil, dos quais somente R$
581 seriam repassados pelo SUS.
Nesta manhã, entre 10h e 11h, enquanto ocorria a coletiva
de imprensa, a Santa Casa de Porto Alegre suspendeu parte do atendimento
assistencial. Conforme a direção, foram atendidos somente casos de urgência e
emergência. Atos semelhantes ocorreram também em outros hospitais de Porto
Alegre e em outros municípios gaúchos.
2 comentários:
O sec da saúde do estado, disse agora, 19,15 hs no jornal da RBS, que o gov.do estado está em DIA com o pagamento para os hospitais, o que está faltando são os meses de novembro e dezembro/2014, governo do PINÓQUIO. Pergunta..:: no governo do Pinóquio o estado estava em franca expansão econômica, pq o atraso genro deixou de pagar os hospitais...???
Com a palavra o tiririca dos pampas.
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