Neste arrigo para o jornal O Estado de S. Paulo, intitulado "As profundezas da improdutividade", Claudio de Moura Castro conta que quando foi trabalhar com políticas de formação
profissional na OIT (Genebra), teve de substituir minhas ferramentas de 110
volts pelas de 220 e perguntou a vários colegas onde poderia comprar uma
furadeira de impacto, reversível e com velocidade variável.
Leia toda a história e entenda o que ela tem a ver com produtividade:
Obtive duas classes
de respostas. A primeira, do tipo: "O quê? Furadeira?". Outros viram
uma Bosch, ótima, em oferta na loja Migros. Os connoisseurs do grupo eram engenheiros.
Não por acaso, os que nada sabiam eram economistas.
Ora, os que escrevem sobre produtividade no Brasil tendem
a ser economistas. Portanto, falam de taxa de câmbio, alíquotas, custo da
informação e muitos outros de seus inventos (falo com impunidade, pois sou um
deles). Do mundo real, nem um pio (uma newsletter recente reproduz 12 artigos
sobre produtividade, nenhum fala do processo de trabalho).
Não subestimo os argumentos macroeconômicos. Contudo
creio que nossa improdutividade nasce nas oficinas e nos escritórios. Para
retomar o gancho anterior, começa pela mão de gente que não sabe usar a
furadeira e outros mil artefatos, físicos ou digitais. Ali nasce o trabalho mal
feito.
Portanto, para entender é preciso descer lá embaixo, ao
chão da fábrica. Obviamente, há um fosso gigantesco entre as empresas grandes e
o varejinho das fabriquetas e empresas de construção. Não vamos confundir as
coisas. Mas contribuem para a baixa produtividade medida pelos economistas.
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Um comentário:
Muito da improdutividade do trabalhador brasileiro está baseada no sindicalismo fascista, protecionista e dirigido a vagabundos, quanto mais vagabundo for, mais sobe nos sindicatos, vejam o 9Dedos!
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