A Assespro protestou esta tarde contra a proposta de
unificação do cálculo do PIS/ Cofins, alegando que ela prejudica o setor de
serviços, em especial o de Tecnologia da Informação (TI). O prejuízo, de
acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT),
ocorreria porque as empresas de serviços gastam a maior parte de seus recursos
com mão de obra, o que não gera crédito.
. Em nota enviada ao editor, a Confederação das Empresas
Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) posiciona-se
contrária à unificação, conforme diz Robinson Klein, presidente da Regional Sul:
- Vamos nos mobilizar contra este tipo de medida. As
empresas não têm mais margens para cobrir novos custos, que só têm aumentado
nos últimos anos com a falta de recursos humanos e a inflação dos custos de
serviços. Paralelamente, o mercado está recessivo e nada receptivo a aumentos”.
. Se concretizada, a unificação da base de cálculo afetará aproximadamente 2,6
milhões de empresas do país, o que representa 36% das prestadoras de serviços
em atividade. Segundo levantamento produzido pelo Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação (IBPT) a pedido da Federação Nacional das Empresas de
Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e
Pesquisas (Fenacon) a carga tributária do setor de serviços pode aumentar em R$
35,2 bilhões.
A mudança
O sistema de apuração do PIS e da Cofins não-cumulativo define uma lista de
custos e despesas que pode gerar créditos tributários a serem deduzidos da
carga dos tributos das empresas. A maior parte dos prestadores de serviços opta
pelo regime mais antigo, o cumulativo, que não considera dedução de créditos
tributários e tem PIS e Cofins menores (de 3,65%, quando somadas). Se forem
obrigadas a migrar para o regime não-cumulativo, as empresas de serviços terão
elevação de tributos.
2 comentários:
E quem vcs pensam que ira pagar a conta da corrupção e de todas as bolsas PT que existem?
A média de lucratividade das empresas de TI é muito maior que de outras prestadoras de serviços. Além disso, se o mercado esta recessivo, o problema é do mercado, as empresas que invistam mais, inovem, sejam mais produtivas. Como sempre, é xororô para mamar na teta.
Postar um comentário