Boate Kiss: laudo técnico diz que jovens morreram em verdadeira câmara de gás

* Clipping Estadão, by Elder Ogliari

Os delegados que investigam a tragédia de Santa Maria (RS) receberam nesta sexta-feira o último lote de laudos de necropsia das vítimas do incêndio da boate Kiss e viram confirmada a tese de que os 234 óbitos ocorridos no dia 27 de janeiro tiveram como causa a inalação de cianeto e monóxido de carbono. Outras sete pessoas que estavam na casa noturna morreram posteriormente, em hospitais, elevando o número de óbitos para 241. Dos 145 feridos que necessitaram de internação, 126 tiveram alta e 12 continuam em tratamento em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre.

Total de 241 pessoas morreram na tragédia em Santa Maria
Os laudos técnicos são uma das últimas etapas do inquérito. Havia a previsão de que a investigação terminaria nesta sexta-feira, mas a conclusão foi adiada para a segunda metade da semana que vem.

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6 comentários:

Mordaz disse...

Mais uma vez se comprova que não foi o incêndio que matou as pessoas, mas sim a espuma letal fabricada e vendida livremente no país. E que até agora esta totalmente fora de qualquer investigação e responsabilização pela 240 mortes e dezenas de intoxicados. Nenhuma morte por fogo ou queimadura.

Anônimo disse...

Jornal Zero Hora - Tragédia em Santa Maria:

Fiscais recomendaram fechamento da boate Kiss em 2009....

Apesar de notificação, prefeitura não fechou o estabelecimento

Fiscais da prefeitura de Santa Maria recomendaram o fechamento da boate Kiss, entre agosto e dezembro de 2009, em pelo menos cinco oportunidades, quando o estabelecimento funcionava sem Alvará de Localização. A prefeitura, porém, não fechou a casa noturna.

Na notificação número 102, de 1º de agosto de 2009, à qual Zero Hora teve acesso, a fiscal Idianes Flores da Silva faz a seguinte recomendação:

"Cessar as atividades até a regularização junto ao município e apresentar alvará no prazo de cinco dias a contar da data da notificação".

Pelo menos quatro novas vistorias foram feitas em 2009: em oito de setembro, sete de outubro, 27 de novembro e 11 de dezembro.

Em todas as oportunidades a boate, que estava aberta, não foi fechada. Em vez de "cessar as atividades", conforme sugeriu a fiscal Idianes, foram aplicadas multas.

Estas informações deverão fazer parte do relatório do inquérito da Polícia Civil que investiga o incêndio que vitimou 241 pessoas, em Santa Maria.

Um dos trechos da síntese das investigações será dedicado à improbidade, o bicho-papão de qualquer administrador.

E agora Jornaleiro, digo, editor:

Em 2009 quem era Governador? Yeda Cruzius. E o Prefeito de Santa Maria quem era? Cesar Schirmer.

Anônimo disse...

Fiscais recomendaram? Porque não fecharam?
Aqui em POA os fiscais estão fechando os estabelecimentos que não apresentam condições de funcionamento.
Isso quer dizer que é da competência da fiscalização fechar e não apenas recomendar o fechamento.
Ou a lei em Santa Maria é diferente.
Que eu saiba não é o Fortunatti que sai por aí fechando as casas noturnas e não deveria ser o Prefeito de Santa Maria a fazer isto, então a responsabilidade fica na pessoa do fiscal que não cumpriu o seu dever; do mesmo modo não é o Governador que sai por aí examinando a segurança das casas, pois para isto tem os bombeiros e não será pelo fato dos bombeiros terem sido negligentes que o governador será indiciado. Ou deveria?
Um peso e duas medidas. Isso não vale.

Anônimo disse...

O anônimo de 16 de março de 2013 13:40 é um PeTista nato e junto a Rede Baita Sol, fuçou, fuçou até que 6ª feira já noticiava o nome do Prefeito como um dos culpados, mandaram jornalecos de peso até conseguirem o que queriam. Alfredo

Anônimo disse...

Parece que os seguidores sanguinolentos do jornaleiro, digo, editor, estão mudando de opinião.

Queriam emquador o Governador Tarso Genro no crime, agora estão levando livre até o Prefeito de Santa Maria Cesar Shirmer.

Anônimo disse...

No Brasil é assim - as coisas acontecem e fica tudo por isso mesmo. É muito fácil tentar por a culpa no vizinho. Quando entramos em um veículo e saímos dirigindo, assumimos todos os riscos do ato de dirigir. Existem leis que supostamente deveriam regrar o dia-a-dia da sociedade. Na construção civil, é a mesma coisa. O caso da Boate Kiss, assim como tantos outros eventos no Brasil, está eivado de omissões das autoridades.
-Ninguém se pergunta se o local era inicialmente adequado para servir de boate;
-Se era adequado, alguém autorizou a decoração e/ou adaptação do prédio para servir de Boate;
-Um engenheiro deve ter dado um laudo e se responsabilizado pelo material empregado na adaptação do prédio;
No entanto, alguém que sobe em um palco para fazer um show público, assume todos os riscos inerentes ao show que vai fazer. A banda é responsável pelos instrumentos, pelos amplificadores e também pela fiação, pois, se alguém morresse eletrocutado, alguém inventaria que a culpa era do barman.
-O proprietário que contratou o show é tão responsável quanto a banda, visto que ele deve conhecer antecipadamente todas as etapas do show e não permitir adaptações. Não pode alegar que os fogos de artifício foram acesos sem seu consentimento. É a mesma situação de uma empresa aérea que contrata um piloto. A empresa não pode alegar que não sabe o que o piloto irá fazer com a aeronave.

Portanto, todos têm uma parcela de culpa: não houve fiscalização por parte da prefeitura, pois não poderia ter autorizado a abertura de um estabelecimento sem saídas de emergência; O engenheiro ou arquiteto que deu o laudo, assumiu o risco quando autorizou a utilização de material inadequado para o tipo de estabelecimento; A banda assumiu o risco quando acendeu os fogos e o proprietário assumiu o risco ao contratar uma banda da qual ele alega não ter conhecimento do que faziam no palco. Também assumiu o risco quando orientou seus funcionários (leões-de-chácara) a não deixarem as pessoas saírem sem pagar.

E agora? Quantos e quantos estabelecimentos se encontram em iguais situações em todo o Brasil?

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