Projeto que cria free shops será votado dia 28

 Ainda não foi desta vez que o Senado aprovou o projeto que cria 31 free shops no Brasil, oito dos quais no RS.

. A senadora Ana Amélia relatou o caso na Comissão de Assuntos Econômicos, mas quando o projeto ia para votação, o líder governista Eduardo Braga pediu vistas. Ele prometeu devolver tudo no dia 28, para votação. Aprovado na CAE, estará encerrada a tramitação, sem ida ao plenário.

LEIA entrevista a seguir com o deputado Frederico Antunes.

CLIQUE AQUI para ler todo o relatório elaborado pela senadora Ana Amélia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Algumas coisas pegam, outras não. Algumas coisas mobilizam a opinião pública, e outras provocam essencialmente indiferença.

NaInglaterra. A revelação de que o celular de uma garota sequestrada fora invadido por repórteres do tablóide News of the World, de Rupert Murdoch, gerou entre os ingleses uma raiva tão forte e tão espalhada que em menos de uma semana o jornal, de 168 anos, estava simplesmente fechado.

Na Tunísia, a autoimolação de um vendedor maltratado derrubou, em menos de um mês, uma ditadura de 23 anos.

O caso inverso é o Mensalão, no Brasiladespeito da cobertura enorme e estrepitosa de jornais, revistas e telejornais.

Se a medição do poder de influência da grande mídia se der em torno do que o Mensalão significa para os brasileiros, a conclusão a que se chega é que a sociedade não está ouvindo tanto assim o chamado Quarto Poder. Se estivesse, a voz rouca das ruas estaria gritando palavras de ordem contra Lula, Dirceu etc. O Brasil se transformaria numa Praça Tahrir, o célebre centro de protestos do Egito.

Fora da mídia, a maior revolta parece vir de Roberto Gurgel, o procurador-geral da República. Mas em suas palavras, até aqui, há mais barulho que sentido. Gurgel, ao estilo superlativo do agregado José Dias de Machado de Assis, classificou o Mensalão como a “maior agressão” que a democracia poderia sofrer.

O quê? Como classificar, então, o golpe militar que derrubou em 1964 um governo eleito pelas urnas? Sabemos todos que muitas bobagens antidemocráticas são ditas em nome da democracia, mas Gurgel extrapolou.

Mas ainda uma vez. A opinião pública brasileira parece surda a toda a exaltação retórica de Gurgel, tão repercutida pela grande mídia.

O Mensalão não pegou.

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