Artigo, Percival Puggina - O direito de resistência à tirania

* Clipping do blog de Percival Puggina

http://www.puggina.org/

Os que foram para a luta armada no Brasil agiram com legitimidade moral? A resposta afirmativa a essa pergunta não dissolve a anistia. Já a resposta negativa desqualifica muitas das pretensões de seus militantes, seja no plano político, seja no das indenizações.

Em 1966, o regime vigente contava dois anos, tinha amplo apoio popular e da mídia, e não dava sinais de esmorecimento. O primeiro sangue correu no dia 25 de junho daquele ano. Foi um atentado terrorista: a explosão de bomba no aeroporto de Guararapes, no Recife, onde deveria desembarcar o general Costa e Silva. Dois mortos, uma dúzia de mutilados e feridos. A tragédia só não foi maior porque uma pane no avião obrigara o general a se deslocar por via terrestre e o anúncio dessa mudança fizera com que a maior parte das pessoas já houvesse deixado o aeroporto no momento da explosão. Andassem as coisas conforme planejara a Ação Popular, teria ocorrido ali a maior chacina da história republicana.

Com a indiscriminada impiedade do terrorismo, começou a luta armada no Brasil. Pois bem, onde era ensinado o fabrico de bombas em nosso país? Não havia, aqui, qualquer experiência com a produção de artefatos para ações terroristas. As escolas de engenharia e os engenheiros não estavam para essas coisas. O leitor tem uma chance de apontar no Google Earth (antigamente se diria no "mapa-múndi") o lugar onde o construtor do artefato aprendeu as técnicas para sua montagem. Se colocou o dedo na ilha de Cuba, acertou. Foi lá, naquele decantado paraíso da autodeterminação dos povos, que o ex-padre Alípio de Freitas (indenizado pela Comissão de Anistia com mais de um milhão de reais) recebeu instrução e treinamento para ser terrorista no Brasil

17 comentários:

Anônimo disse...

Tem que acabar com esses malditos padres, freis e outros subversivos que estão ai a criar problemas para o Brasil. edus

Anônimo disse...

Esse "elemento" "filha da ditadura", que ser quer conseguiu se eleger "vereador" pela ARENA, PSD ou PP.

Tem a cara de pau de fazer um artigo legalizando o regime militar, do qual ele foi um dos maiores beneficiários.

Anônimo disse...

Quem me grante que " O primeiro sangue correu no dia 25 de junho daquele ano. Foi um atentado terrorista: a explosão de bomba no aeroporto de Guararapes, no Recife, onde deveria desembarcar o general Costa e Silva. Dois mortos, uma dúzia de mutilados e feridos..."

Porque não pode os autores não poderiam ser os proprios militares para incriminarem os que eram contra o rgime, tal como aconteceu com a bomba do rio-centro que estourou no "colo" do autor (militar).

Os militares (de pijamas) e seus defensores tem que dar muitas explicações para a sociedade.

Mordaz disse...

A mesma questão se coloca. Tinha o povo, a imprensa, os políticos direito de resistir a tirania e solicitar as suas forças armadas para isto fazer? E não foi amplamente comemorado pelas forças vivas da nação esta vitória? Uma imensa maioria desrespeitada pela absoluta minoria de desmiolados e traidores do povo que foram fazer treinamento em Cuba. Cuba que até hoje tem a mesma dinastia totalitária no poder.

Anônimo disse...

Direito de Comparecer em Juizo:

Após diversas ausências injustificadas, ao longo de vários meses, que levaram o Ministério Público a pedir sua condução coercitiva ao tribunal, a ex- governadora Yeda Crusius finalmente prestou depoimento na tarde da última terça-feira (17), perante a 5ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre.

O depoimento de Yeda Crusius foi tomado dentro de uma ação de Exceção da Verdade, pela qual o ex-Ouvidor-Geral da Segurança Pública, Adão Paiani, se defende de acusações de “Crimes contra a Honra” contra o também ex-Secretário da Transparência e Probidade Administrativa de Yeda Crusius, Procurador de Justiça aposentado Francisco Luçardo.

Paiani acusou Luçardo de cometer crimes contra a administração pública, como prevaricação, advocacia administrativa e condescendência criminosa, ao deixar de apurar, administrativamente, irregularidades praticadas pelos então assessores da ex-governadora.

Foi ouvido também o sargento da Brigada Militar César Rodrigues de Carvalho, réu, juntamente com Ricardo Lied e o Coronel da Reserva da Brigada Militar, Frederico Breitenschneider, na ação penal que denunciou a arapongagem no Piratini. Rodrigues manteve silencio sobre a maioria dos questionamentos feitos, que buscavam esclarecer sua participação, juntamente com Lied, no esquema de espionagem denunciado por Paiani e depois comprovado pela ação do Ministério Público de Canoas.

A instrução do processo segue agora com novos depoimentos em audiência marcada para 28 de agosto, quando deverão ser ouvidos o jornalista Marco Weissheimer, o ex-assessor jurídico da Casa Civil durante o governo tucano, Bruno Miragem, e Ricardo Lied. Segundo fontes do próprio PSDB, Lied atualmente reside em Brasília, onde assessora a direção nacional do partido.

Anônimo disse...

BBC Brasil e Folha de S. Paulo: Brasil é o 4º país do mundo em recursos escondidos em paraísos:

Em um momento em que muitas das principais economias do mundo enfrentam duras medidas de austeridade, um estudo mostra que alguns poucos cidadãos continuam se dando ao luxo de manter suas fortunas intactas, longe das garras afiadas das autoridades tributárias.

A elite global super-rica somou pelo menos US$ 21 trilhões escondidos em paraísos fiscais até o final de 2010, segundo o estudo The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network.

A valor é equivalente ao tamanho das economias dos Estados Unidos e Japão juntas.

Segundo Henry,o valor é conservador e poderia chegar a US$ 32 trilhões.

O estudo também lista os 20 países onde há maior remessa de recursos para contas em paraísos fiscais. No topo da lista está a China, com US$ 1,1 trilhão, seguida por Rússia, com US$ 798 bilhões, Coréia do Sil, com US$ 798 bilhões, e Brasil, com US$ 520 bilhões (ou mais de US$ 1 trilhão).

PERDAS ENORMES

James Henry usou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais.

Seu estudo trata apenas de riqueza financeira depositada em contas bancárias e de investimento, e não de outros bens, como imóveis e iates.

O relatório surge em meio à crescente preocupação pública e política sobre fraude e evasão fiscal. Algumas autoridades, inclusive na Alemanha, têm até pago para obter informações sobre supostos sonegadores de impostos.

Henry disse que o movimento de dinheiro dos super-ricos em todo o mundo é feito por "facilitadores profissionais nas áreas de private banking e nas indústrias de contabilidade, jurídica e de investimento".

"As receitas fiscais perdidas são enormes. Grandes o suficiente para fazer uma diferença significativa nas finanças de muitos países".

Segundo John Christensen, os tributos que poderiam ser recolhidos sobre o dinheiro em paraísos fiscais seria "mais do que suficiente para manter os serviços públicos e erradicar a pobreza nestes países"

E o que me dá mais raiva ainda é saber que os ricos do mundo inteiro reclamam que pagam muitos impostos... É ou não é uma afronta à dignidade humana?

Anônimo disse...

Sobre o regime de 64. Evitamos que ditadores, assassinos e torturadores, os quais seriam a causa de milhões de mortes no Brasil chegassem ao poder. Felizmente, após alguns anos de guerra contra estes comunistas, num acordo entre os EUA e a URSS, a América Latina ficou livre deste mal.

Leiam Política Mundial a partir de de 1945 de Peter Calvocoresi, dos males que ocorriam pelo mundo sobre a guerra fria, em 1964 na Indonésia, os comunistas estavam matando as dezenas de milhares de pessoas. O mundo estava num caos, algo precisava ser feito, era uma guerra. Ou alguém acha, que na época, campanhas na televisão seriam o suficiente para mostrar que o comunismo não seria bom para o Brasil? Se até hoje, mesmo com o fim da URSS, a história para comprovar, ainda tem gente defendendo o comunismo.
FAO

Anônimo disse...

Hoje à quem diga que o uso da força e violência foi desproporcional no regime militar. Que os comunistas não tinham chances de chegar ao poder. Hoje é fácil afirmar isso.

Em 1939 a Inglaterra não tinha mais do que 50 tanques de guerra, muitos afirmavam que a Alemanha não faria a guerra.
FAO

Anônimo disse...

As atrocidades do regime militar tem que virem a tona doa a quem doer quando o inimigo esta subjugado e e torturado em um crime bestial e mais os militares cometeram crime igual ou maior quando da segunda guerra levaram jovens pobres e despreparados para guerra e nos seus retornos foram jogados a deus dará sem o minimo de reconhecimento são centenas de homens que morreram a minguá mesmo tendo dado suas vidas por esta guerra insana. O exercito esconde muito bem este seu passado e são os mesmos que deram o golpe.A COMISSÃO DA VERDADE TEM O DEVER DE INVESTIGA O QUE ACONTECEU TAMBÉM NESTE PERÍODO

Aquiles disse...

Pelos erros de ortografia e escrita, é possível se perceber nitidamente que, no mínimo, 4 ou 5 postagens de teor esquerdista foram feitas pelo mesmo autor nesta notícia.

Toma vergonha na cara rapaz.

Arrume um emprego decente e aprenda a escrever direito.

Anônimo disse...

Sim um eprego decente como o do Pujina defender TORTURADOR ne AQUILES

Anônimo disse...

O elemento "aquiles" não tem argumentos para defender os "militares de pijamas" e prefere encontrar erros de ortografia dos outros.

Crie vergonha na cara e venha com argumentos convinventes "elemento" !!!!!

Anônimo disse...

Esse "elemento" (mau) cujo codinome "aquiles" deve ser militar de pijama. Argumento ZERO, assim como a nota dos Militares que governaram o Brasil.

Anônimo disse...

Então a dona Yeda teve que comparecer em juizo (perdeu a imudade), sob pena de ser conduzido a força?????

Os tempos estão mudando. KKKKKK

Biriva do Cerro do Tigre disse...

Quando do período pré-revolução eram os ferroviários a fazer greves continuas, se saisse de Porto Alegre para Santa Maria num período de greve e foram muitas, levava-se de 20 a 30 horas, quando numa viagem normal levava 12 horas. Qualquer sinalizador (ficava com uma lanterna e uma bandeirinha para sinalizar) ganhava ao final do governo Jango mais que um sargento do exército, e a maioria desses operadores eram semi-analfabetos, um chefe de estação ganhava mais que um oficial, além de ser um foco de subversão constante, porque nos país comunista as ferrovias tinha um poder enorme. Além de roubos pelos próprios funcionários, conheci um que fez uma casa com madeira dos vagões e usou trilho nos alicerces, lembro de uma vizinha dizer de boca cheia que a filha ia casar com um ferroviário bem de vida. A corrupção e desvio de material e até dinheiro das ferrovias era organizada pelo sindicato, se fosse contra, eles matavam (acidentes muitos estranhos acoteciam naquela época). Outro setor que haviam greves frequentes eram os correios.

Associada a isto estavam as ligas camponesas a agitar o campo e exigindo reforma agrária e juntos com os sindicatos todos infiltrados com agentes comunistas (aqui haviam células russas, iuguslavas, albanesas e cubanas, os chineses na época estavam em crise interna), pressionando o presidente Jango a fazer um verdadeiro expurgo na sociedade, a começar pelo ensino universitário onde consideravam haver uma elite conservadora. Haviam greves em todos os setores porque a inflação corroia os salários, além de atrasar o pagamento dos mesmos, lembro do meu pai apavorado com as contas e dois meses de salários atrasados. Davam vales para comprar o básico na alimentação. O setor que mais foi afetado pelas greves foram as industrias multinacionais, porque segundo os comunistas, estavam expropriando o suor dos trabalhadores. Antes começaram as marchas da família com Deus pela liberdade, organizadas nas capitais pela igreja católica contra o avanço do comunismo no governo do Jango, porque se não fosse a revolução, haveria em curto espaço no país uma guerra civil, porque o radicalismo era a palavra de ordem nos movimentos comunistas.

Com o poder econômico dos ferroviários, salários altos, os militares começaram a ver que eram cidadões de segunda class, Após a revolução o primeiro setor a ser focado pelos militares foram os ferroviários, onde houveram muitas expulsões e prisões.

A única coisa que Jango fez quando da revolução, com dignidade e bom censo, foi evitar uma guerra civil retirando-se do país dizendo, que queria evitar derramamento do sangue dos brasileiros, ao contrário de Brizola que queria resistir de todos os meios.

Anônimo disse...

Gostaria de fazer uma correção sobre um comentário que fiz acima.
(página 478, no livro Política Mundial a partir de 1945 de Peter Calvocoressi)
Teve um golpe comunista na Indonésia, mas houve um fulminante contra-golpe em 1965, em que morreram 500.000 comunistas ou simpatizantes e provavelmente inocentes, é claro.
Ainda acho, que mesmo na Indonésia morreram menos do que se os comunistas tivessem tomado o governo.
FAO

Anônimo disse...

Quero deixar claro pro amigo aquiles que eu sou mulher e mulher também pensa se tu deixasse de ser machista iria perceber que as mulheres que foram torturadas também merecem ser ouvidas...

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