Artigo, Adão Paiani - Judeus na terra da tolerância e da diversidade

Quem não leu, procure e leia. Na edição de sábado do jornal Zero Hora de Porto Alegre, o Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Jarbas Milititiski, lembra o dia 18 de março, data em que é comemorada a imigração judaica no Brasil.

Em tempos de intolerância religiosa explícita, travestida de pretensa defesa da laicidade do Estado, muito oportuna a lembrança da presença judaica no Brasil, a profunda ligação destes com nosso país e a histórica tolerância que trouxe para cá, além dos judeus e gente de todas as etnias e credos. Assim se construiu, com erros e acertos, o Brasil, um país cristão, com símbolos cristãos espalhados por toda a parte, mas que ao longo de sua história soube estabelecer uma relação não excludente com todos os que o adotaram como nova pátria.

O artigo lembra bem a trajetória judaica em terras brasileiras, desde a época do descobrimento, quando de cada dez portugueses que aqui chegavam, oito eram de origem judaica, o que faz com que hoje cerca de um décimo da população brasileira atual tem ascendência judaica direta – dentre os quais eu me incluo, como descendente, pela linha materna, de judeus ashkenazim da Polônia.

Lembra também o período holandês, onde era permitida a prática aberta da religião judaica, com a fundação da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Kadosh Zur Israel, em Recife; a chegada dos imigrantes da Europa Oriental, fugindo dos brutais pogroms, no começo do século XX, e que, no Rio Grande do Sul fundaram as colônias de Phillipson e Quatro Irmãos; os fugitivos da perseguição nazista, na década de trinta e a última leva, depois da partilha da Palestina pela ONU, no final dos anos quarenta.

A história da imigração judaica no Brasil, bem lembrou o Presidente da FIRS, demonstra a vocação democrática, de acolhimento à diversidade étnica, cultural e religiosa que fez do nosso país a pátria de tantas pátrias. Uma herança abençoada, que nem a mais tresloucada decisão dos “doutores da lei” - um Conselho de Magistrados que, não conseguindo nem resolver as dissenções internas do seu próprio Tribunal, quer ter a pretensão de impor à sociedade uma estapafúrdia leitura constitucional - será capaz de destruir.

9 comentários:

Adilson disse...

Viva meu Pai Ogum!

Anônimo disse...

O Brasil não é cristão faz tempo. Os católicos praticantes, aliás, poderiam ser considerados uma "minoria". Não faz sentido mesmo uma religião de tão poucos e para tão poucos ter representação nos espaços públicos. Daqui a pouco, as bancadas evangélicas começarão a impor seus próprios símbolos, aí sim vocês vão ver. De resto, gostaria de perguntar onde o editor do blog comprou suas viseiras. É que meu jegue está precisando de algumas tão boas quanto as dele.

Anônimo disse...

RECONHECIMENTO E GRATIDÃO DOS JUDEUS À SANTA IGREJA CATÓLICA E À SUA SANTIDADE, O PAPA PIO XII: Declarações de alguns judeus: 10 -- Pinchas E. Lapide: "Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo." [Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra "Three Popes and Jews" (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas]. Íntegra no site: " Deus lo Vult! ", texto " Sobre espiritismo e catolicismo "

Grato, caro Políbio!

Almirante Kirk

Anônimo disse...

REITERO:

A estratégia dos esquerdopatas, em seu desavergonhado ataque aos VALOES e PRINCÍPIOS valorizados e consagrados pelos ocidentais, como aqueles oriundos da Doutrina Cristã ou Cristianismo e presentes na moral judaico-cristã, é evitar o confronto direto, como forçar mudanças via Congresso Nacional, por exemplo, mas atacar os referidos VALORES via portarias, decretos e mudanças de natureza administrativa, entre outras!Ou seja, os esquerdopatas estão comendo pelas beiradas, erodindo, qual cupins, os pilares da Civilização Ocidental de moral judaico-cristã!Logo, não surpreende as perseguições e ataques padecidos pelo grande, inteligente, culto e corajoso padre PAULO RICARDO, o qual é, a exemplo dos católicos Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo, entre outros, a bola da vez, sendo mais uma vítima do conhecido patrulhamente ideológico levado a efeito pelos esquerdistas, os quais estão presentes tanto fora da santa Igreja Católica quanto de dentro, infiltrados no seio católico via a ala vermelha (Teologia da Libertação)!

A propósito do tema, sugiro duas excelentes e esclarecedoras palestras, porque libertadoras, do referido padre PAULO RICARDO:

- “MARXISMO CULTURAL” - http://padrepauloricardo.org/audio/marxismo-cultural/

Ou, no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=DjiwE5Stw-g&feature=related

- “CARDEAL RATZINGER E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO” - http://padrepauloricardo.org/audio/cardeal-ratzinger-e-a-teologia-da-libertacao/

Almirante Kirk

Gilrikardo-Blog disse...

Falou, falou, disse e não acresceu nada!

Anônimo disse...

O que será que ele tem a dizer sobre judeus que se vendem? Ou ele também não lê Zero Hora?

Anônimo disse...

Continues assim Polibio,lendo este jornal vermelho, que desta forma continuaremos poupando nosso dinheiro.

Anônimo disse...

Almirante Kirk disse tudo - a prova é que alguns lobos a serviço já se manifestaram...

Anônimo disse...

"Vaticano e comunidades judaicas condenam atentado

No Estadão Online:
O Vaticano lamentou, nesta segunda-feira,19, o ataque contra uma escola judaica na França, que provocou a morte de ao menos quatro pessoas. Em mensagem divulgada pela Rádio Vaticana, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, classificou o acontecimento como “um ato horrível e vergonhoso”, que suscita “profunda indignação e desconcerto e a mais resoluta condenação, inclusive pela idade e pela inocência das pequenas vítimas, e porque ocorreu em uma pacífica instituição educativa judaica”.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, também expressou sua “profunda indignação de desconcerto” pelo ataque. “O antissemitismo, como a xenofobia e a intolerância, são totalmente estranhos aos princípios fundadores da nossa convivência civil e do patrimônio de valores sobre os quais se apoia toda a humanidade”, atestou Monti.

A Conferência dos Rabinos Europeus (CER), com sede em Bruxelas, também lamentou o ataque. “Este ato horrível é indicativo de uma sociedade onde, para a intolerância, é permitido espalhar os seus venenos”, disse o rabino Pinchas Goldschmidt, presidente da CER. Ele também destacou que a entidade “pede às autoridades francesas para fazerem todo o necessário para garantir que o autor desse ato seja encontrado e enviado à Justiça”.

O atentado foi condenado, ainda, pela Comunidade judaica brasileira. “É inadmissível que testemunhemos um ato de tamanha violência e covardia”, avaliou Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil.
(…)
Por Reinaldo Azevedo "

Almirante Kirk

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